Autor: Fabio Maksymczuk
Fonte: http://fabiotv.zip.net/
30/01/2015 - 02h36
Na última segunda-feira (26/01), Felipe Andreoli estreou na TV Globo. Agora, o jornalista é novo colega de Fátima Bernardes no “Encontro”. O ex-repórter de preto sempre se destacou na Rede Bandeirantes, especialmente no “CQC”. A emissora dos Saad desprezou o profissional em nome do “rejuvenescimento” da atração, que ocorrerá neste ano.
A TV Globo demonstra, há tempos, a preocupação em “desengessar” o telejornalismo. Apresentadores e repórteres em tom mais informal. Andreoli entra neste ambiente de mistura entre jornalismo e entretenimento. Êxito e rejeição entre os telespectadores perpassam ainda nesse processo.
Nesta estreia, o novo integrante do time de Fátima investigou a vida dos trabalhadores paulistas para ver quem está sofrendo com o verão mais quente dos últimos 72 anos. Esse é outro ponto fundamental na contratação de Andreoli. Trazer o sotaque paulista ao programa matinal. Fátima Bernardes e Marcos Veras têm a alma e o sotaque carioca. A atração é gravada no Rio de Janeiro. Os convidados e a plateia também vivem esse clima. O humor carioca é diferente do paulistano. Andreoli entra também com essa missão. Particularmente, não vejo graça em Veras. Isso, obviamente, é algo subjetivo.
Felipe produziu a reportagem nos mesmos moldes do “CQC”. A matéria poderia ter sido facilmente exibida no programa da Band. Mesmo estilo. Mesma postura. Mesma edição. É como se o espírito dos “homens de preto” entrasse na arena da Fátima.
Andreoli entra em um programa que não desperta “paixões arrebatadoras” no telespectador. Fátima Bernardes é uma importante grife na TV Globo. Desidratou, de certa forma, o concorrente “Hoje em Dia”, que não se reinventou diante da nova concorrência. Porém, “Encontro” fica habitualmente entre 6 e 7 pontos no IBOPE. Nada avassalador.
Mesmo assim, é gratificante o reconhecimento da TV Globo no trabalho de Felipe Andreoli. Profissional que deveria ter ganhado mais atenção na Band.