Boi sugere auditoria em contas da Fundart e Galo é indicado para acompanhar apurações

Câmara enviou requerimento ao Executivo, que já nomeou comissão; vereador Galo vai acompanhar trabalhos

21/07/2011 - 03h59

A Mesa Diretora da Câmara Municipal enviou na terça-feira, 19 de julho, requerimento ao Executivo para que seja realizado levantamento nas contas da Fundação de Arte e Cultura do Município de Araraquara (Fundart) nos últimos dez anos. A iniciativa foi do vereador Aluisio Braz, o Boi (PMDB), presidente da Câmara, motivada por denúncia feita ao Ministério Público (MP) na semana passada, a respeito de superfaturamento em contratações de atrações artísticas para eventos da Prefeitura. “Nada melhor do que um pente fino em todas as contas, para que possamos nos certificar dos procedimentos na Fundart na última década”, disse Boi.
Conforme já noticiado pela imprensa nesta quarta-feira, o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) já aceitou a sugestão do Legislativo e inclusive nomeou uma comissão para executar a tarefa.
A Comissão Especial de Sindicância Administrativa que cuidará do caso será composta por Antônio Sérgio Lemelle Correa, coordenador executivo de Planejamento, Administração Orçamentária, Contábil e Financeira; Antonio Lorenzetti, coordenador executivo de Planejamento e Gestão Governamental; Jeriel Biasioli, chefe da Procuradoria Geral do Município; e Luciana Fernandes Brasetto, técnica em Serviços Públicos.
Para acompanhar os trabalhos da comissão, o Legislativo indicou o vereador Fernando Cesar Câmara, o Galo (PV), que manterá os demais vereadores informados sobre todos os passos da auditoria.
A denúncia foi feita por Gabriela Palombo, secretária de Juventude do PT de Araraquara, que inclusive forneceu documentos que comprovariam faturas com valores até três vezes maiores do que os cachês pagos a artistas em diversos eventos na cidade, referentes aos últimos dois anos.
Por conta do caso, o presidente da Fundart, Cesar Aielo, pediu afastamento do cargo alegando querer preservar o governo Marcelo até que todas as apurações e sindicâncias sejam feitas com “tranqüilidade e transparência”.