João Farias sugere serviço de relações públicas na Santa Casa

Vereador quer melhorar prestação deinformações aos familiares de pacientes atendidos na unidade

22/07/2011 - 03h43

O vereador João Farias (PRB) sugeriu a Valter Cury, provedor do hospital Santa Casa de Misericórdia, que a unidade mantenha um setor de Relações Públicas para prestar informações aos familiares dos pacientes. Ele deu a sugestão ao médico Valter Cury, provedor do hospital Santa Casa, durante sessão realizada nesta quinta-feira, 21 de julho, a pedido de Farias, para esclarecimentos sobre suposto caso de negligência ocorrido em junho. “A forma como eu e familiares de uma paciente que solicitou minha ajuda fomos tratados me preocupou. Ninguém quis nos dar informações, mesmo após eu ter me identificado como vereador”, disse Farias.
Ele contou que no dia 13 de junho foi ao hospital Santa Casa acompanhado pela jovem Indianara Naiara Ruas Martin, 24 anos, paciente do Sistema Único de Saúde (SUS), que teria aguardado por um exame de ultrassonografia entre 7h00 e 16h30. Ainda segundo Farias, depois disso a paciente, que sentia muita dor e quadro de infecção, foi transferida parao Hospital São Paulo, onde realizou o exame. “Após ser constatada a gravidade do quadro médico, a paciente voltou à Santa Casa, onde finalmente foi submetida a uma cirurgia”, acrescentou.

Comunicação
De acordo com Cury, que não estava no País no dia em ocorreu o caso, o episódio não ocorre com freqüência, e tratou-se mais de um caso de “falta de comunicação”. Ele explicou que o serviço de ultrassonografia é prestado ao hospital por uma empresa terceirizada, com a qual a Santa Casa vem tendo problemas. “Primeiro eles dispensaram dois funcionários e por isso passaram a não fazer mais exames após as 18 horas. Depois disso, disseram que não farão mais exames aos finais de semana”, contou Cury.
Ele contou ainda que uma das providências da Santa Casa foi apresentar denúncia ao Ministério Público contra a empresa, já que a unidade hospitalar tem obrigação de entregar os exames aos pacientes e tem contrato com a empresa prestadora de serviços por mais 20 anos. “São episódios dessa natureza que nos mostram onde estamos errando”, comentou.
Ele falou ainda da dificuldade financeira da Santa Casa, já que os repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) são muito menores que recursos recebidos por outros hospitais, como a unidade estadual de Américo Brasiliense que atende à região. “Eles receberam R$ 90 milhões e atendem de portas fechadas, apenas patologias selecionadas. Nós recebemos 20% disso e, mesmo assim, fazemos a nossa parte no que se refere às cirurgias eletivas. Melhoramos, mas ainda falta muito para atender adequadamente pelo SUS”,concluiu.
A sessão teve as presenças dos vereadores Doutor Lapena (sem partido, Aluisio Braz, o Boi (PMDB), Édio Lopes (PT),Serginho Gonçalves (PMDB), Fernando César Câmara, o Galo (PV), Tenente Santana(PSDB), Márcia Lia (PT), Lucas Grecco (PMDB), Juliana Damus (PP) e EliasChediek Neto (PMDB).