23/07/2011 - 03h32
Na tarde dessa sexta-feira (22), o secretário municipal de Obras Públicas, Valter Rozatto, e o deputado estadual Roberto Massafera esclareceram os pontos principais do laudo técnico do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicos, de São Paulo) sobre as condições estruturais do Ginásio de Esportes Castelo Branco, o Gigantão, interditado desde 29 de outubro de 2010, por rompimento da aba oeste.
O ginásio teve o primeiro elemento da cobertura rompido, no lado oeste dos camarins, enquanto o último, o 22º elemento da cobertura, do lado leste das bilheterias, apresenta fissuras e instabilidades. Já os elementos de 2 a 21 não apresentam problemas.
Segundo Massafera, que atuou com uma equipe de engenheiros na construção do ginásio, entre os anos de 1967 e 1969, o laudo do IPT não apresentou surpresa.
“Como um dos engenheiros da obra, acompanhei a construção e também todas as reformas ao longo desses 41 anos. Estamos seguros quanto às boas condições estruturais do Gigantão”, afirmou o deputado.
Massafera também disse acreditar que com o avanço da tecnologia e o uso de novos materiais, como a fibra de carbono usada em reforços estruturais, o elemento da cobertura das bilheterias pode ser recuperado e apenas a aba rompida deve ser demolida e substituída por um elemento mais leve.
Valter Rozatto anunciou que a demolição já está em andamento, por uma empresa contratada - a CSL Construtora. O secretário disse que o próximo passo será abrir licitação para contratar uma empresa que irá elaborar o projeto de recuperação estrutural.
Novo visual
Após a recuperação estrutural, o Gigantão também ganhará um novo visual, segundo Valter Rozatto. “A intenção do prefeito Marcelo Barbieri é entregar um novo ginásio aos atletas e à população. Entre as reformas previstas estão a adaptação da quadra para futsal oficial e handebol, reformas nos vestiários dos atletas, nos sanitários públicos, a troca de bancos de madeiras por cadeiras individuais e com encosto, além de pintura interna e externa”.
Localizado próximo à Arena da Fonte, o Gigantão foi inaugurado em 10 de outubro de 1969 e ocupa uma área de 6.000 metros quadrados, com 100 metros de comprimento, e 56 metros de vão livre. A altura da cobertura, em relação às suas fundações, é de 14,78 metros.
IPT
Os ensaios do IPT, que começaram em 15 de março e foram entregues no dia 21 de julho, abordaram seis pontos principais: exame da documentação histórica do projeto estrutural; inspeção visual da edificação, com mapeamento das anomalias, fissuras e armaduras exposta e corroídas; análise estrutural para subsidiar o planejamento e programação da prova de carga; realização da prova de carga; extração de testemunhos de concreto e ensaios de resistência e avaliação das atuais condições estruturais.
O laudo de mais 60 páginas do IPT foi resumido pela Secretaria de Obras, que aponta como itens principais os indícios que causaram a ruptura do primeiro elemento da cobertura, como a falta de rigidez transversal e longetudinal, fissuras que originaram infiltrações de água, corrossão e redução da seção da armadura transversal.
