Jovem de Araraquara é aliciada em esquema de prostituição na Bahia

Promessas de emprego como modelo e bom salário recrutava jovens e até menores

Fotógrafo: Divulgação
19/08/2016 - 00h13

Polícia

A Polícia Civil de Araraquara – por meio da Delegacia da Defesa da Mulher (DDM) - vai contribuir com o inquérito criminal contra Dario Andrade Salomão, 27. O homem coagia mulheres à prostituição depois de falsas vagas de emprego como modelo.

A polícia baiana acredita que Salomão deve ter explorado pelo menos 50 mulheres. Entre as vítimas está uma adolescente – de 15 anos - de Araraquara. O aliciador foi preso em Camaçari, região metropolitana de Salvador (BA).

A delegada Meirelene de Castro Rodrigues, da DDM de Araraquara, disse que a adolescente caiu na falsa proposta de emprego por meio da internet no ano passado.

Salomão conseguia enganar as vítimas com falsas promessas de trabalho como modelo. A oferta era tentadora: salário de R$ 1,7 mensais por sete horas de trabalho de segunda à sexta-feira. O trabalho dava direito à carteira assinada e um celular.

A adolescente foi aliciada por Salomão e uma mulher, no final de 2015. O casal pediu que ela mandasse fotos nuas para ver se ela tinha o perfil de modelo. Com as fotos, o casal começou a chantagear a jovem. Meirelene não sabe precisar se a adolescente de Araraquara foi estuprada e obrigada a se prostituir.

A adolescente de 15 anos morou por um período em Araraquara. Ela foi morar na casa da tia, em Salvador, depois de receber ameaças de Salomão.

Mas a polícia conseguiu fotos de que pelo menos 50 mulheres – jovens e até menores de idade – foram aliciadas por Salomão.

O esquema de prostituição começou a ser investigado em junho, quando uma jovem – hoje com 19 anos – prestou queixa.

Atraída por proposta de trabalhar como balconista de loja de lingerie. Salomão marcou encontro com ela e quando falava sobre o trabalho, uma mulher saiu de uma loja e elogiou sua beleza. Ela queria a jovem como modelo.

Mas como parte do plano do casal, a jovem deveria ser fotografada de lingerie em um hotel. É claro que ela aceitou a proposta e foi com Salomão para a sessão de fotos.

Depois de fotografada, a jovem foi agredida e estuprada. Salomão filmou o abuso para chantagear a jovem.
Caso ela não aceitasse o trabalho como garota de programa, ele divulgaria as fotos na internet. A jovem afirmou que fazia pelo menos cinco programa por dia. Ela fazia os programas – não recebia nenhum dinheiro - no mesmo hotel onde foi estuprada por Salomão.

A polícia acredita que as jovens se transformavam em escravas sexuais.

Depois de quatro dias de prostituição, a mãe dela descobriu e não a deixou continuar sendo explorada por Salomão. Aí começou as ameaças contra a jovem e a família dela. Salomão negou o crime.