29/07/2011 - 03h09
Em audiência com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Brasília, na tarde desta quinta-feira, dia 28, os diretores do Cedeface de Araraquara e do Hospital Centrinho de Bauru apresentaram um projeto para a criação de uma rede de capacitação de profissionais no Brasil na área buco-facial. A informação é do deputado estadual e presidente do PT do estado de São Paulo, Edinho Silva, que articulou e acompanhou a reunião. Estiveram presentes o presidente do Cedeface, Roberto Dela Coleta e do Centrinho, Gastão José Alberto de Souza Freitas.
O objetivo, segundo o parlamentar, é ampliar a assistência via SUS (Sistema Único de Saúde) nas diversas regiões do país, hoje desprovidas desse tipo de atendimento especializado. “Atualmente, muitas pessoas se deslocam de regiões como Nordeste ou Norte para as capitais, quando essas possuem o atendimento, ou para os locais de referência como é o caso de Araraquara e Bauru. A ideia é que os pacientes que necessitam de tratamento na área buco-facial possam ser acolhidos nas suas regiões de origem”, explicou.
No Brasil não há uma rede sistematizada de atendimento que dê conta das demandas nessa área. “Muitas vezes, sequer existem profissionais especializados para o atendimento”. Somente o Cedeface atende uma média de 1.500 pessoas por mês, muitas delas, vindas de outros estados. Já o Centrinho possui em seu cadastro 80 mil pacientes. “Por isso, a proposta do Cedeface e Centrinho de desenvolverem juntos uma rede de capacitação, fazendo com que os profissionais se desloquem para outras regiões não só fazendo atendimentos, mas capacitando outros”, disse o deputado.
Na avaliação de Edinho, o Ministro ficou muito bem impressionado com a proposta das instituições. “Ele solicitou ao Cedeface e ao Centrinho detalhes do projeto para que possa encaminhar o mais rápido possível. É de grande interesse para o Ministério executar”, disse Edinho.
Também durante a reunião foi discutida a tabela de remuneração dos procedimentos de ortodontia e cirurgias buco-faciais. As instituições, que são referências nacionais, relataram algumas dificuldades vivenciadas. De acordo com o parlamentar, o Ministro se mostrou sensível às demandas e prometeu a reavaliação dos valores.
Para Edinho, é gratificante colaborar de alguma forma com as instituições. “Tanto o Cedeface como o Centrinho são instituições referências no Brasil. Milhares de usuários SUS dependem dos serviços prestados nesses locais”, disse.
O Cedeface foi fundado em 1994 com objetivo de prestar atendimento a uma parcela especial da população com deformidades buco-faciais. Atualmente, conta com uma equipe multidisciplinar voluntária que agrega cerca de 100 profissionais.
E 2008, a instituição inaugurou sua sede própria, que teve um investimento da ordem de R$ 2 milhões. Na época, o governo Edinho colaborou com maquinário para nivelamento do terreno, pavimento do estacionamento, entre outras obras de infraestrutura. Além disso, interviu junto ao Ministério da Saúde para doação de 16 consultórios no valor aproximado de R$ 8 mil cada.
Já no Centrinho-USP de Bauru, somente na área de anomalias craniofaciais há cerca de 50 mil pacientes matriculados. Na Divisão de Saúde Auditiva, mais 30 mil. Foi fundado em 1967 e além do diagnóstico, tratamento, reabilitação, cirurgias, ainda possui programas de educação e terapia ocupacional, capacitação de professores, ensino e pesquisa (Mestrado, Cultura e Extensão) entre outras atividades.
Unidades Básicas para Araraquara
A pedido do prefeito de Araraquara, Marcelo Barbieri, o deputado Edinho ainda tratou com o Ministro Alexandre Padilha sobre a liberação de recursos para a construção de unidades básicas de saúde. Marcelo e Edinho conversaram sobre o assunto durante a visita do Governador Geraldo Alckmin à cidade, no último final de semana.
Padilha imediatamente pediu ao corpo técnico do Ministério o levantamento de todo o processo decorrente da solicitação da Prefeitura de Araraquara. O Ministro assumiu o compromisso de marcar uma nova audiência com Edinho e com o prefeito Marcelo Barbieri, assim que tiver todo o processo em mãos e a posição sobre a disponibilidade orçamentária do Ministério.
