Araraquara participa da eleição da diretoria do Conselho Estadual da Comunidade Negra

09/08/2011 - 02h12

No último dia 05, em São Paulo, foi realizada a 1ª reunião de trabalho do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo. A reunião contou com a eleição da diretoria do Conselho, que escolheu o novo presidente: o advogado Marco Antonio Zito Alvarenga.
A coordenadora municipal de Promoção da Igualdade Racial e do Centro de Referência Afro, Alessandra de Cássia Laurindo, participou da atividade a convite da secretária de Justiça e da Defesa da Cidadania, Eloísa de Sousa Arruda. Alessandra integra o Conselho, como membro da sociedade civil. Para ela o momento é de expectativa, pois “todos os conselheiros assumiram o compromisso de realmente trabalhar pelo Estado e conseqüentemente pela região que representa”.
“Vamos ver, de fato, esse empenho na prática, fazendo prevalecer as suas atribuições que são assessorar o poder executivo no acompanhamento e elaboração de políticas públicas, desenvolver estudos e pesquisas, denunciar e acompanhar casos de violações dos direitos da população negra”.
Neste primeiro momento, os conselheiros eleitos elaboram um plano de trabalho e aguardam a convocação oficial para posse, que será realizada na presença do governador Geraldo Alckmin, em data a ser definida.
Eloísa de Sousa Arruda parabenizou os novos conselheiros e ressaltou a importância dos representantes se engajarem na luta dos afrodescendentes no Estado de São Paulo.A secretária destacou a necessidade de ajuda às comunidades dos Quilombolas do Vale do Ribeira, que passam por muitas dificuldades devido à devastação da chuva da última semana e solicitou solidariedade para a arrecadação de produtos de higiene pessoal, material de limpeza, roupas e alimentos não perecíveis. 

Novo presidente


O novo presidente, que presidiu a Comissão do Negro e Assuntos Anti-Discriminatórios da OAB paulista, disse que o principal objetivo da gestão é abrir o Conselho para a comunidade. “As portas do Conselho estarão abertas para a adoção de uma política de inclusão e ação afirmativa”, acrescentou. 
De acordo com Zito, “o Conselho tem autonomia e terá todo espaço, mas não deixa de ser uma instituição pública. Vai fazer os embates e os enfrentamentos necessários para que o Estado nos reconheça. Não pode trabalhar cabisbaixo perante o Estado. Se o Estado reconhece a existência desse mal, o racismo, o Estado tem de adotar caminhos para revertê-lo”, afirmou, acrescentando que sua gestão "não será só de reivindicações, mas de proposição, inclusive com articulação de políticas perante o Legislativo". 
Nessa linha, uma das metas será a participação da comunidade negra paulista nas questões que mobilizarão a sociedade, como um todo. “A questão da Copa é um desses temas. O negro não pode só estar como jogador da seleção, mas participando de frentes de trabalho e em tudo o que a Copa vai trazer para o Brasil”, afirmou.
Zito obteve o apoio de 22 dos 29 conselheiros presentes (75,8%), na primeira reunião do colegiado. O Conselho é formado por 32 membros, sendo 22 da sociedade civil e 10 indicados por secretarias do Estado, e o mandato é de 4 anos.