Emulsão asfaltica poluiu o Ribeirão das Cruzes

Líquido alcançou o ribeirão através das galerias de águas pluviais

11/08/2011 - 02h47

O vereador Edio Lopes (PT) recebeu telefonema na manhã desta quarta-feira, 10, informando sobre a presença de um líquido, “de cor pardo escuro” misturando-se as águas do Ribeirão das Cruzes, cerca de dois quilômetros abaixo da Represa de Captação do Departamento Autônomo de Água e Esgoto, próximo ao Conjunto Habitacional Jardim Paraíso.
Imediatamente o vereador dirigiu-se ao local, tendo antes a precaução de alertar a Secretaria do Meio Ambiente e Cetesb, constatando a presença de um líquido viscoso, não combustível. Observou o vereador que a substância, emulsão asfáltica, que poluía de forma drástica o ribeirão, era resultante de descarga através da galeria de águas pluviais, vinda do “Centralizado” da Prefeitura, localizado na Rua 9 de Julho, pouco acima do ribeirão.
Segundo o secretário de Obras, engenheiro Valter Léo Rozzato, (Laxixa), que esteve no local acompanhando o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) e o secretário do Meio Ambiente, Gene Catanozi, o acidente que proporcionou dano ecológico aconteceu na manutenção periódica. “Na troca da bomba da Usina houve a descarga acidental de emulsão asfática, escorrendo esta até a boca de lobo”.
Segundo informações transmitidas ao vereador Edio Lopes, funcionários do “Centralizado” tentaram minimizar o vazamento jogando água sobre a emulsão asfáltica, mas antes de  atenuar o problema contribuiu para que ela alcançasse a boca de lobo, e através das galerias de águas pluviais o ribeirão promovendo o dano ecológico.
O vereador Edio Lopes lamentou a ocorrência. “A emulsão asfáltica não deve ser despejada em lixo comum e principalmente ser descartada no sistema de esgoto ou em cursos de água. É necessário, se possível, confinar para posterior recuperação, algo que não aconteceu, e mesmo levando-se em consideração o fato acidental no Centralizado, não é possível aceitar simplesmente este dano ecológico. Vi peixes tentando sair da água para respirar, e espero nunca mais vivenciar situação idêntica”.
O vereador Edio Lopes percorreu posteriormente o Ribeirão das Cruzes e constatou a poluição cerca de três quilômetros abaixo do local do acidente ecológico.