Edinho lança Frente Parlamentar da Citricultura

Objetivo é elaborar um Plano Estadual buscando aumentar competitividade e tornar a atividade propulsora da justiça e de desenvolvimento social

12/08/2011 - 01h08

Será realizado no dia 16 de agosto (terça-feira), às 11h, o lançamento da Frente Parlamentar da Citricultura na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo. O evento, coordenado pelo deputado estadual e presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva, será realizado no auditório Franco Montoro. Estão confirmadas as presenças do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e dos secretários estaduais paulistas, Mônika Bergamaschi (Agricultura) e Davi Zaia (Emprego e Relações do Trabalho). O evento também deve reunir pesquisadores, produtores de citros, e autoridades dos municípios produtores de laranja de diferentes regiões do Estado de São Paulo. 
De acordo com Edinho, a Frente terá como objetivo elaborar, num prazo de dois anos, o Plano Estadual da Citricultura, buscando aumentar a competitividade internacional e tornar a atividade propulsora da justiça e de desenvolvimento social. “Vamos debater as dificuldades enfrentadas pela cadeia produtiva e suas contradições. Será um espaço fundamental para que possamos formular ações que garantam o crescimento sustentável da citricultura, uma das principais âncoras econômicas do nosso estado, mas com vistas também ao desenvolvimento social e humano, de respeito ao meio ambiente e ao trabalhador”, comentou o parlamentar.
Para Edinho é fundamental que o Plano seja resultado de um esforço conjunto dos parlamentares e diversos setores que compõem a cadeia produtiva como trabalhadores rurais, pequenos proprietários, produtores e representantes da indústria processadora de suco de laranja, além de sindicatos, prefeituras, órgãos do Governo do Estado e do Governo Federal, universidades, centros de pesquisa e demais entidades interessadas.
A Frente Parlamentar também vai debater meios de tornar mais eficaz o combate às pragas que atacam o parque citrícola de São Paulo, especialmente o greening. De acordo com o último levantamento realizado pelo Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) entre os meses de maio e julho de 2010 o greening atingiu 38,8% dos talhões dos pomares paulistas. 
Em relação ao ano de 2009, o número corresponde a um crescimento de 56% de talhões afetados. Cada talhão é formado por 2 mil plantas. O levantamento mostrou que a Região Central do Estado de São Paulo, onde se localizam os municípios produtores de Araraquara, Itápolis, Ibitinga e Taquaritinga, era a mais afetada pela doença, com 61,7% de talhões contaminados e 3,5% de plantas doentes. Em todo o Estado de São Paulo, o índice de plantas doentes atingiu 1,87% até julho do ano passado. 

Força da citricultura
O Brasil é o maior produtor de laranja e o maior exportador do seu suco do mundo. A citricultura no Brasil atinge, com exportações, cerca de dois bilhões de dólares anuais. De cada 10 copos bebidos de suco de laranja no mundo seis são de origem brasileira. A citricultura paulista representa 85% desta produção. 
Segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA) - órgão vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo - a área plantada de laranja em São Paulo alcança 601,6 mil hectares. O grande número de novos plantios gerou uma expectativa positiva para a safra de 2011. A expectativa é que a colheita paulista alcance 355 milhões de caixas de 40,8 quilos neste ciclo 2011/12. 
“É fundamental a capacidade indutiva e fomentadora do poder público na elaboração de agendas estratégicas para enfrentar a competição e para o desenvolvimento de políticas geradoras de justiça social”, reforçou o deputado. O fato do consumo do suco de laranja estar perdendo terreno para o de outras frutas e crises econômicas mundiais como a de 2009 também são fatores cruciais. “Devemos levar em conta a necessidade de investimentos em pesquisa e tecnologia, desde os necessários ao plantio da laranja até aqueles para o combate às doenças como o greening e o cancro cítrico e, englobando até investimentos na prevenção de problemas climáticos”.