Inspiração versus Transpiração

16/08/2011 - 17h16

Desde o florescimento do Romantismo, no século XIX, criou-se a ideia de que o artista é uma pessoa “especial”, ou seja, enquanto todos os reles mortais trabalham arduamente para conquistar o sustento, a Obra de Arte nasce com um passe de mágica do todo-poderoso criador! Mas essa é apenas uma meia verdade, pois o uma criação artística é muito mais do que isso. É o que veremos a seguir.
A inspiração é, sem dúvida alguma, parte essencial no processo criativo do artista. É ela quem dá o ponto de partida, é ela o primeiro passo rumo à epifania criativa, o insight que traz à tona os mais recônditos monstros que habitam as trevosas entranhas do artista! OK. Mas para por aí?
Tal qual um automóvel, um computador ou qualquer outra obra desenvolvida pelo Homem, a Obra de Arte deve ser lapidada, desenvolvida, aperfeiçoada pelo TRABALHO do artista, pelos famosos 90% de transpiração (ou você pensa que um ponto possa ser maior que uma linha?) humana! Até o aprendizado de uma arte demanda transpiração, já que ninguém “nasce” dominando técnicas de instrumentos musicais, de pincéis, câmeras de vídeo ou qualquer outra ferramenta de criação estética? Mesmo concordando plenamente com o fato de uns nascerem com mais aptidão do que outros em cada área específica (lembrando Gardner), e esses com mais aptidão em dada área específica irão desenvolver com mais rapidez e facilidade as técnicas necessárias para se considerar um “iniciado” no setor, transpirar é vital! Lembrando que os dons de DEUS estão aí, basta busca-los (fazendo-se uma analogia com as crenças religiosas)! É isso.