Câmara propõe amplo debate sobre toque de recolher

A Câmara Municipal promoverá audiência pública para discutir a proposta de ‘toque de recolher’ para jovens e adolescentes da cidade. Segundo Aluísio Braz, Boi (PMDB), presidente da Câmara, o objetivo é estimular um amplo debate sobre o assunto.
A realização da audiência pública é uma proposta conjunta de Boi, do vereador João Farias (PRB), líder do governo na Câmara Municipal, e de Iago Vincenzo Ferrari Tavares, presidente do Conselho Municipal da Juventude (Comjuve).
Boi lembra que o Legislativo já teve uma “participação fundamental” para coibir o excesso de consumo de bebidas alcoólicas por jovens e adolescentes quando regulamentou a chamadas festas open bar. 
“Temos que combater os exageros e fazer valer a lei. O consumo de álcool por parte dos jovens é prejudicial a eles próprios e nós temos que ajudar na orientação e prevenção”, afirma.
Para João Farias, a idéia é discutir o exemplo de cidades que já adotaram medidas semelhantes para inibir o consumo de bebidas alcoólicas. “Trata-se de um assunto polêmico e, por isso, deve ser intensamente debatido”. O líder do governo destaca que “a princípio tenho restrições ao ‘toque de recolher’, mas o debate é salutar e importante”.

Equilíbrio

Iago Tavares prega equilíbrio no debate. “Não pode ter excesso de repressão para não intimidar a juventude, por outro lado, também não pode ter excesso de liberdade, por isso é importante que jovens, pais, professores, Ministério Público, o juiz da Infância e Juventude, as polícias, Guarda Municipal e todos os segmentos envolvidos participem”, argumenta.
Para o presidente do Comjuve, “é o debate mais importante dos últimos tempos em Araraquara”. Na opinião dele, “temos que fazer uma ampla divulgação e levar o máximo de pessoas possível, temos que ouvir os jovens e todos os interessados para garantirmos uma discussão de alto nível”.
Tavares salienta que “é ótimo que a Câmara e a Prefeitura estejam estimulando este debate, por de discussões deste tipo surgem boas leis e medidas que vão de encontro aos interesses da sociedade”.