Hacker de Araraquara preso pela PF é filiado ao DEM

Um dos suspeitos de invasão do celular do secretário Sérgio Moro, o araraquarense Walter Delgatti Neto, detido ontem pela Polícia Federal, já foi preso e condenado por receptação, falsificação de documentos e porte ilegal de arma. Delgatti também é investigado por vários crimes de estelionato e foi detido em 2015 com uma carteira falsa de delegado de polícia, informou o jornalista Cláudio Dantas, do site O Antagonista.

Delgatti Neto é filiado ao DEM e, em seu Twitter, postou e retuitou matérias do site Intercept, que supostamente denunciam diálogos obtidos de forma criminosa entre Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol. Também divulgou vários posts pedindo “Lula Livre”, além de criticar a Lava Jato e o governo de Jair Bolsonaro.+

Os quatro suspeitos detidos na Operação Spoofing, três homens e uma mulher, foram ouvidos na sede da Superintendência da PF, em Brasília, das 19h às 22h de ontem.

O repórter Renan Ramalho, de O Antagonista, revelou que o advogado de um dos detidos em Araraquara afirmou que nada foi apreendido na casa da mãe dele durante a busca e apreensão dos federais.

Gustavo Henrique Elias dos Santos foi preso em São e levado para Brasília. Seu advogado, Ariovaldo Moreira, disse ao jornalista que Gustavo é de Araraquara, mas mora em São Paulo. “Ele é DJ, não hacker”, afirmou.

Na versão de Ariovaldo Moreira Gustavo Henrique pode ter sido preso por ser amigo de Walter Delgatti Neto, que responderia por crimes de invasão de contas.

A Polícia Federal quer descobrir agora se os suspetos presos ontem, por invasão do celular de Moro, estão envolvidos também na obtenção ilegal de supostos diálogos entre Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol e divulgados pelo site Intercept, do americano Glenn Greenwald.