Deputado Edinho Silva acompanhou toda a agenda do Ministro em São Paulo e ressaltou importância de criação de um Plano Estadual de Educação
14/04/2011 - 03h05
O deputado estadual e presidente do PT do estado de São Paulo, Edinho Silva acompanhou nesta quarta-feira, dia 13, todas as atividades do Ministro da Educação, Fernando Haddad em São Paulo. Na agenda, discussões sobre programas e ações do Governo Dilma realizadas em parcerias com municípios, além da apresentação do Plano Nacional de Educação que tramita no Congresso.Pela manhã, o Ministro Fernando Haddad se reuniu com a Bancada Estadual para falar sobre os projetos colocados em prática durante o Governo Lula e os seus resultados na educação brasileira. Ressaltou ainda as propostas da presidente Dilma. “Conversamos muito sobre os projetos na área de educação, as conquistas e desafios colocados para o próximo período, em especial no estado de São Paulo”, explicou Edinho. Em seguida, Haddad e Edinho seguiram para uma reunião com prefeitos e vices. No centro das discussões estavam os programas desenvolvidos pelo Ministério em parceria com os municípios. O Ministro falou sobre as diversas iniciativas federais como o Prouni, Universidade Aberta, Dinheiro Direto na Escola, criação de Escolas Técnicas Federais, aumento em vagas em universidades entre outras. Destacou ainda o Proinfância que se destina à construção de creches. De acordo com Haddad, seis mil unidades de educação infantil devem ser construídas em todo o Brasil até 2014 e uma medida provisória deve garantir que no primeiro ano da instalação todo o custeio seja por conta do Ministério, incentivando os prefeitos a aderirem ao projeto.Haddad reiterou os compromissos do Governo com a educação e o investimento em todas as etapas de ensino, desde a creche até a universidade. Também falou sobre o orçamento da pasta que quadruplicou passando de R$ 17 bilhões para R$ 70 bilhões desde início do governo Lula, mostrando a prioridade dada para a educação.Segundo o Ministro, há uma vontade política de se fazer parcerias que integrem União, Estados e Municípios. “Em alguns estados, esses três níveis funcionam. Mas, aqui em São Paulo nem sempre conseguimos fazer isso”, disse o ministro. Haddad ainda propôs a realização de um Seminário técnico de apresentação do que o Ministério tem feito no estado aos prefeitos a fim de que possam se apropriar dos programas e potencializar a educação no estado.Edinho elogiou a postura de diálogo de Haddad e a sua gestão à frente do Ministério da Educação. “Ele entendeu a proposta do Governo Lula e agora do Governo Dilma de transformar a vida do povo brasileiro. Entendeu que só conseguiríamos implantar o novo projeto de país passando pela educação. Essa é uma das principais marcas do Governo”, enfatizou o deputado.Valorização: “Se quisermos valorizar a educação, não há como dissociar a valorização daqueles que são responsáveis por ela”, disse o Ministro Haddad durante Audiência Pública realizada na Assembleia Legislativa, com dezenas de associações e entidades representantes de professores, profissionais da educação e estudantes. Segundo o Ministro, o Plano Nacional de Educação que está em discussão no Congresso deve corrigir algumas falhas em relação ao Plano anterior, aprovado há mais de 10 anos, em especial na questão da carreira do magistério, remuneração e formação continuada. Também estão contempladas a ampliação de matrículas na educação infantil e no ensino superior e medidas para o aumento do financiamento público para a área.Plano também para São Paulo: Edinho ressaltou a necessidade de debater também a criação de um Plano Estadual da Educação pautando, especialmente, a valorização do magistério. “É fundamental formular o Plano. Mas, no centro deve estar a discussão sobre a carreira do magistério”. Segundo ele, não há mudança ou melhoria tecnológica que substitua a capacidade do professor em sala de aula. “Não haverá educação de qualidade sem que haja valorização do magistério e de todos os profissionais da área educacional”, enfatizou. São Paulo está entre os 16 Estados brasileiros que ainda não possuem Plano Estadual, cuja elaboração está prevista na Lei de Diretrizes e Bases e também no Plano Nacional de Educação. O documento é considerado estratégico na elaboração de políticas públicas para a área de educação no estado. “Coloco meu mandato à disposição. Fui prefeito por oito anos em Araraquara e convivi muito com o drama dos municípios, com a vida real da educação, e, muitas vezes, com a ausência completa do Governo do estado de São Paulo. É deprimente o estado mais rico da Nação, com melhores condições financeiras, não ter um Plano Estadual de Educação. São Paulo deveria liderar esse processo no Brasil”, disse.Para Edinho, a formulação do Plano Estadual de Educação deve ser encarada como prioridade pela Assembleia Legislativa. Ele ainda defendeu a criação de um espaço permanente de debate sobre o tema. “Não se pode planejar o crescimento e desenvolvimento do estado sem que haja o planejamento de médio e longo prazo do sistema educacional. Não haverá futuro no estado sem que tenhamos um projeto educacional consistente”.