Oposição estuda emendas para o orçamento de 2012

Vereadores petistas criticam falta de atendimento de suas reivindicações por parte da Prefeitura

04/10/2011 - 02h41

A bancada de oposição ao prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) na Câmara Municipal já estuda possíveis emendas a serem apresentadas ao projeto de orçamento 2012. 
A peça foi entregue ao presidente Aluísio Braz, Boi (PMDB), e Márcia Lia, líder do PT, afirma que passou o final de semana “debruçada” sobre os números.
De acordo com ela, “temos que estudar muito bem a proposta para podermos fazer uma boa discussão e apresentar emendas que contemplem as necessidades dos cidadãos”. A vereadora petista evita fazer análises mais aprofundadas, mas mostra preocupação. “A princípio, os valores parecem adequados, mas é preciso cuidado com os gastos para não acontecer o que vimos neste ano”, alerta.
Márcia Lia cita os problemas com as contribuições ao INSS e a dívida pública.
“São quase R$ 32 milhões não recolhidos à Previdência Social; já votamos em torno de R$ 40 milhões em créditos suplementares; a Prefeitura ainda tem que empenhar R$ 120 milhões sem contar o 13º salário; e, já cumpriu 70% do orçamento deste ano. Esse descontrole não pode acontecer em 2012 de novo”, argumenta.
Para Márcia Lia, “será preciso muito cuidado por parte da Prefeitura, principalmente com relação aos gastos e para evitar cortes na saúde, educação e nos programas sociais como está acontecendo”. A vereadora observa que vamos apresentar emendas que garantam a adoção de políticas públicas para que a população não seja mais penalizada”.

Acordo

O vereador Carlos Nascimento (PT), autor de 19 emendas ao orçamento de 2011, todas rejeitadas, ainda estuda a peça para 2012, mas garante que apresentará emendas. “Espero que desta vez a Prefeitura acate nossas propostas e cumpra o acordo de implementar nossas emendas”, diz.
O petista refere-se a um pedido feito pela Prefeitura no início deste ano para que os vereadores retirassem suas emendas em troca da implementação das propostas, sobretudo dos vereadores de oposição.
O segundo secretário da Mesa Diretora, Edio Lopes (PT), também cobra o cumprimento do acordo e promete apresentar, ao menos, uma emenda. “Nós retiramos nossas emendas, mas o acordo não foi cumprido, como o projeto da Praça da Terceira Idade; vou continuar insistindo”, promete.
A proposta orçamentária da Prefeitura para 2012 é de R$ 518,403 milhões, 11,5% acima da de 2011. A Secretaria da Saúde ficará com R$ 132,769 milhões; a Educação com R$ 116 milhões; Administração, R$ 35 milhões; Obras Públicas, R$ 23 milhões; Serviços Públicos, R$ 19,861 milhões; e, Assistência e Desenvolvimento Social, R$ 10 milhões. São as pastas com as maiores estimativas de receitas e despesas.