Dengue: casas abandonadas em Araraquara preocupam vereadores

Tema foi discutido durante a última sessão; Lucas Grecco visitou regiões onde a situação é crítica

Fotógrafo: João Pires/LBF
07/10/2011 - 02h34

Durante os debates ocorridos na Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Araraquara foi levantada a questão da dengue no município. Segundo informações de mídias impressas e digitais da cidade, existe uma estimativa para o ano de 2012 de que novos casos da doença atingirão a população, caracterizando outra epidemia. Isso porque somente no ano de 2010 foram registrados 1.289 casos, abaixo ainda da marca dos 2.566 casos de janeiro a agosto desse ano. Num total, de 2009 até os dias de hoje, foi contabilizado o aumento da proliferação da dengue em 7.000%.
O vereador Lucas Grecco (PMDB) acompanhou uma série de moradores do Jardim Santa Rosa, região abaixo da Avenida Alberto Santos Dumont, a fim de constatar a realidade que vive o bairro. São muitas as casas abandonadas que colocam em risco a saúde dos que moram próximo ao local. Elas são verdadeiros criadouros do mosquito da dengue. “Essas residências estão em total estado de calamidade, e a vulnerabilidade delas faz com que sejam alvo, também, do uso de traficantes. Quem utiliza aquele espaço se submete a condições sub-humanas”, se indigna o parlamentar.
Para evitar que o ano que vem se inicie de maneira catastrófica com relação à dengue, o vereador se mobilizou e pediu a ajuda da população para que se constitua um trabalho preventivo. “No geral, todos são responsáveis, mas sempre existem aqueles que, ou por falta de informação ou por falta de espírito de cooperação, trazem dificuldades para o Poder Executivo”, explica Grecco.
Doutor Lapena (PSDB) tocou no mesmo ponto, e se lembrou não só das casas abandonadas de bairros mais afastados, como também das mansões localizadas em áreas nobres da cidade que se encontram fechadas para venda. “A época das chuvas está chegando e nesses lugares, muitas vezes, existem enormes piscinas”, advertiu.
Ambos compreendem que, para que os índices de dengue não se sobressaiam, deve haver harmonia entre as ações da sociedade civil e da Prefeitura. Para isso, alguns mecanismos para a entrada da Vigilância Epidemiológica devem ser alterados, pois em muitas situações as pessoas não permitem que o grupo adentre suas casas.