Em audiência pública, Edinho ressalta papel social e de fomento da CEF

Presidente da Caixa, Jorge Hereda, apresenta investimentos do Governo Federal no estado de São Paulo, por meio da instituição

25/10/2011 - 02h09

A relação e os compromissos da Caixa Econômica Federal com os projetos de fomento da economia, financiamentos de projetos sociais e habitacionais e parcerias com prefeituras e movimentos populares compuseram a pauta da audiência pública ocorrida na manhã desta segunda-feira (24/10), na Assembleia Legislativa, com a presença do presidente da instituição, Jorge Hereda.
A convite do deputado estadual Edinho Silva e do Líder da Bancada, Ênio Tatto, Hereda esteve presente no Parlamento Paulista para falar sobre os investimentos do Governo Dilma em São Paulo, por meio da instituição. A realização da atividade ficou por conta das Comissões de Infraestrutura e Atividades Econômicas, presididas, respectivamente, pelo petista José Zico Prado e pelo deputado Itamar Borges, além do apoio de toda a Bancada do PT.
A audiência lotou o auditório. Movimentos sociais, em especial de moradia, apresentaram suas demandas. Cobraram medidas para dar celeridade aos processos da Caixa Econômica Federal, e reivindicaram um contato direto com a direção do Banco na mediação dos projetos e parcerias. Prefeitos e lideranças regionais também marcaram presença. Hereda abriu os trabalhos com a apresentação de investimentos realizados pelos projetos como Minha Casa, Minha Vida e outros efetuados por meio dos projetos PAC I e PAC II, com investimentos em infraestrutura e saneamento.
Segundo balanço, o Minha Casa, Minha Vida contratou até 2010 1.005 milhão de moradias no Brasil, sendo 181 mil em São Paulo, ultrapassando a meta anterior de 174 mil unidades.
Já a segunda etapa do projeto, possibilitou a contratação de 292 mil unidades no Brasil, sendo que o estado recebeu até agora 65.214. “No estado, portanto, são 246 mil unidades do Minha Casa, Minha Vida o que significa milhões de empregos gerados. Um verdadeiro canteiro de obras. E isso reflete também nos setores responsáveis pela fabricação dos materiais de construção”, disse. O valor do investimento da CEF neste programa é de 11,3 bilhões somente em São Paulo.
Ainda na área de habitação, a CEF em 2010 bateu recorde e realizou o maior investimento habitacional da sua história com R$ 77,8 bilhões. Isso representou 1.231.250 financiamentos, correspondendo a 70% de todo o crédito imobiliário do mercado. O resultado de 2010 foi 1.435% maior que o registrado em 2003, quando o valor foi de R$ 5 bilhões. “E a projeção para 2011 é de R$ 90 bilhões”, ressaltou. 
A ampliação da capacidade de atendimento do banco aos municípios também esteve na pauta. A Caixa vai inaugurar em novembro mais 12 gerências de desenvolvimento urbano em todas as regiões do país. A reestruturação vai reduzir as distâncias entre a instituição e os gestores municipais.
De acordo com Hereda, a área de governo do banco passa agora por um processo de reestruturação operacional, com o objetivo de estreitar o relacionamento com as prefeituras e dar ainda mais celeridade aos projetos que envolvam recursos federais. 
Segundo ele, também será inaugurada uma ouvidoria, canal por onde estados e municípios terão informações e esclarecimentos sobre desenvolvimento urbano, transferência de benefícios e demais produtos de relacionamento do banco com os entes federados.

Desenvolvimento das Políticas

O papel da Caixa Econômica Federal no desenvolvimento das políticas públicas dos governos Lula e Dilma foi destacado por Edinho Silva. “Nosso governo fez história. Temos outra realidade. O Brasil tem um dos maiores programas habitacionais do mundo, como o Minha Casa, Minha Vida”, destacou. 
O parlamentar lembrou da discussão que havia no Brasil antes do Governo Lula de fusão da CEF com Banco do Brasil. “Tinham a leitura de que a CEF não tinha papel nenhum e teria que ser incorporada. Imagino que seria o primeiro passo para a privatizaçção de tudo”, disse. Hoje, segundo ele, a Caixa se configura como maior instrumento financeiro de transformação social. “A CEF é o maior operador de políticas públicas. É o Banco do Minha Casa, Minha Vida, do Bolsa Família, dos programas de financiamento, da inclusão, da construção da igualdade social. O Brasil não só é outro depois de 2003, como a CEF também".
Ao final, Edinho ressaltou a postura de diálogo do presidente da CEF, Jorge Hereda. “Uma pessoa comprometida com a transformação. Claro que nós precisamos avançar ainda mais na busca por melhorias na infraestrutura, moradia digna e de qualidade e a Caixa cumpre esse papel. Mas ressalto aqui a importância de termos um presidente da instituição que venha aqui, que ouça e dialogue com os movimentos sociais e saia daqui com uma agenda de desenvolvimento para São Paulo, reafirmando o papel fundamental dos Governos Lula e Dilma para o estado”, enfatizou Edinho.