Saúde inicia vacinação contra a Monkeypox nesta quarta (22)

A vacina, neste momento, será disponibi6lizada exclusivamente para as pessoas que vivem com HIV/Aids e atendam alguns critérios de saúde; pacientes já foram previamente triados pelo Programa Estadual / Siscel

21/03/2023 - 22h22

A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Serviço Especial de Saúde (SESA), vai dar início nesta quarta-feira (22) à aplicação da vacina contra o vírus Monkeypox, também conhecido como ‘varíola dos macacos’. Conforme a determinação da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, o município vai seguir estratégia especial de vacinação, cujo objetivo principal é a proteção dos indivíduos com maior risco de evolução para as formas graves da doença, dentro do atual contexto de transmissão observada no País.

Dessa forma, a imunização vai começar pelas pessoas residentes em Araraquara que vivem com HIV/Aids e estejam em acompanhamento médico. Elas também terão que cumprir alguns critérios de saúde observados nos últimos 6 meses. Os pacientes já foram previamente triados pelo Programa Estadual/Siscel (Sistema de Controle de Exames Laboratoriais de CD4+/CD8+ e Carga Viral do HIV).

A análise será realizada pelo Serviço Atendimento Especializado (SAE/Sesa), que entrará em contato com os elegíveis para realizar o agendamento da vacinação.

A vacina utilizada será a MVA-BN Jynneos Mpox, cujo uso foi aprovado de forma emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para bloquear a transmissão da doença. O esquema de vacinação é de duas doses, com quatro semanas de intervalo (28 dias) entre cada uma.

 

A doença e seus sintomas

O monkeypox vírus é um Orthopoxvírus causador de doença Mpox (anteriormente chamada Monkeypox) cujos sinais e sintomas se assemelham aos da varíola, com menor gravidade. Os principais sintomas incluem lesões na pele, como erupções e manchas; febre, dor de cabeça, aumento de ínguas (linfonodos) em algumas partes do corpo, dores musculares e fraqueza.

Cabe destacar que, apesar do nome, os macacos não são reservatórios do vírus e, como os humanos, também podem ser acometidos pela doença. A transmissão entre seres humanos é limitada, estando mais frequentemente relacionada a contato direto com fluidos corporais, lesões de pele ou de mucosas internas como boca ou garganta, gotículas respiratórias, em qualquer fase da doença, e por meio de objetos contaminados. Embora a transmissão possa ocorrer para qualquer pessoa mediante contato íntimo com pessoa infectada, o surto atual caracteriza-se, a nível mundial, pela elevada concentração de casos em grupos com maior risco para a aquisição de infecções sexualmente transmissíveis e maior morbimortalidade entre pessoas vivendo com HIV/Aids, especialmente as que possuem pior condição imunológica.

A equipe do SAE/Sesa vai entrar em contato com as pessoas que vivem com HIV/Aids e que cumprem os critérios de saúde para agendar a vacinação.

Para mais orientação, o telefone de contato é o da Vigilância Epidemiológica: (16) 3303-3102.