Fomento do setor industrial é pauta de reunião entre Ministro Pimentel e deputados

Para o deputado Edinho Silva, com o programa Brasil Maior, governo Dilma dá um passo fundamental para garantir competitividade da indústria brasileira

Fotógrafo: João Pires/LBF
02/11/2011 - 01h48

Aumentar a competitividade da indústria nacional a partir do incentivo à inovação tecnológica e à agregação de valor. Essa foi a pauta da reunião entre o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel e deputados da Bancada do PT, realizada nesta terça-feira (1). No café da manhã, parlamentares puderem discutir sobre os projetos do Governo Dilma para o desenvolvimento, principalmente para o estado de São Paulo.“Agradeço a disponibilidade do Ministro de dialogar com os deputados. Sua postura condiz com a sua história. Pimentel é uma liderança política fundamental que marcou não só a gestão pública em Belo Horizonte, Minas Gerais, mas o Brasil por sua capacidade de inovação e por ser um construtor desse projeto que está em curso no país”, disse Edinho Silva, deputado estadual e presidente do PT do estado de São Paulo, que colaborou na articulação da agenda do Ministro.
Pimentel, acompanhado de uma equipe técnica, falou sobre a interface do MDIC com demais Ministérios da Esplanada. Citou que hoje, a pasta tem a responsabilidade de comandar um dos principais eixos do Governo da presidenta Dilma, o fomento do setor industrial com o Programa Brasil Maior. 
Com investimentos de R$ 500 bilhões, o programa lançado recentemente tem por objetivo impulsionar a indústria nacional, aumentar a sua competitividade a partir do incentivo à inovação tecnológica. “Trata-se de um conjunto de medidas de estímulo ao investimento, apoio ao comércio exterior e defesa da indústria e do mercado interno”, explicou.
Segundo ele, nos últimos anos, o Brasil deu um grande salto no crescimento, mas com distribuição de renda e inclusão. Em apenas oito anos, gerou mais de 15 milhões de postos de trabalho; fez emergir uma nova classe média, formada por quase 40 milhões de brasileiros, criou um sólida economia interna, que resistiu à mais grave crise internacional dos últimos 80 anos e tornou-se referência para o mundo inteiro, ao harmonizar crescimento econômico e justiça social. Agora, o objetivo é garantir essas conquistas e avançar ainda mais com o Plano que aumenta a competitividade da indústria nacional.
Desonerações tributárias, financiamento à inovação, aplicação de recursos em setores de alta e média-alta tecnologia, fortalecimento das micros e pequenas empresas e qualificação de mão-de-obra fazem parte do Programa. 
Pimentel ainda falou sobre as mudanças do mercado mundial com a forte intervenção do modelo asiático de produção, especialmente a China. Segundo ele, o trabalho do Ministério visa garantir a competitividade da indústria brasileira e fazer a adaptação a esse novo momento. 
O Ministro ressaltou ainda o esforço do Governo em garantir aumento nas exportações, especialmente de manufaturados. Ao final, Pimentel falou da grande parceria do MDIC com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Para ele, o Banco é mais que um parceiro. “É um instrumento do desenvolvimento do país e do estado de São Paulo”. A informação é que o BNDES já é o segundo maior banco público de investimento do mundo.

6ª potência mundial
Neste ano, o Produto Interno Bruto brasileiro medido em dólares deverá ultrapassar o do Reino Unido, segundo projeções do Fundo Monetário Internacional e das consultorias EIU (Economist Intelligence Unit) e BMI (Business Monitor International). A informação foi publicada pelo Jornal Folha de São Paulo. 
A estimativa mais recente, da EIU, prevê que o PIB do Brasil alcance US$ 2,44 trilhões, ante US$ 2,41 trilhões do PIB britânico. Com isso, o Brasil passará a ocupar a posição de sexta maior economia do mundo. Em 2010, ao deixar a Itália para trás, o país já havia alcançado o sétimo lugar. 
Até o fim da década, o PIB brasileiro se tornará maior do que o de qualquer país europeu, de acordo com projeções da EIU. Depois de passar Reino Unido e França, a economia brasileira deverá deixar a alemã para trás em 2020. 

Exportações brasileiras crescem 29,3% entre 2010 e 2011 
De janeiro a outubro deste ano, as vendas ao exterior somaram US$ 212,139 bilhões (média diária de US$ 1,015 bilhão). Na comparação com a média diária do mesmo período de 2010 (US$ 785,1 milhões), as exportações cresceram 29,3%. 
No acumulado do ano, o saldo positivo da balança comercial já chega a US$ 25,390 bilhões, com o resultado médio diário de US$ 121,5 milhões. No mesmo período de 2010, o superávit foi de US$ 14,522 bilhões, com média de US$ 69,8 milhões. Pela média, houve aumento de 74% no comparativo entre os dois períodos.