...até um pé no traseiro te empurra para frente
26/04/2011 - 20h12
Jack Welch- CEO da General Electric nos Estados Unidos
Seu comportamento, assim como sua atitude, podem levá-lo à demissão. Seu talento, assim como seu conhecimento, podem perder o significado diante do individualismo, assim como do egoísmo, da perversidade, da maldade e da arrogância, tendo em vista que todos da organização do século XXI deverão ter em mente que não há espaço no mercado para estes comportamentos e atitudes, uma vez que em meio a esta era, o que tem maior significado é o saber compartilhar, saber conviver, enfim, saber somar.
Importante pensar que o profissional é selecionado pelo seu currículo, observando-se assim sua capacidade técnica; mas é demitido pelo seu comportamento, bem como, por sua atitude.
Destarte, a falta de produtividade juntamente com a incompetência técnica, somados a um comportamento inadequado, são cruciais no que tange ao processo de demissão.
Jamais se pode olvidar que nos dias atuais, torna-e cada vez mais freqüente a preocupação com o comportamento e a atitude, pois, sabe-se que estas variáveis podem derrubar qualquer profissional, posto que apenas cumprir metas não garante sua permanência na empresa em que atua. É sabido que nos dias atuais o profissional necessita ter inteligência emocional, deve também saber lidar com as pessoas assim como deverá saber lidar com a instabilidade, sendo um profissional pró-ativo em meio a esta era do terceiro milênio, sendo flexível e humilde o bastante para saber conduzir o seu departamento e/ ou empresa como um maestro que rege uma orquestra, em plena sintonia.
O fato é que, vários são os motivos que impulsionam um colaborador a “namorar” outra empresa e a pedir demissão, dentre os quais citamos alguns: a busca por melhores possibilidades, a falta de perspectiva de crescimento dentro da empresa em que atua, a falta de harmonia no departamento e/ou empresa, a falta de educação, bem como o comportamento e a atitude de seu superior, uma vez que este não sabe exercer com maestria seu papel de liderança, não sabendo se relacionar e nem a valorizar os seus pilares, que são as pessoas que fazem parte da empresa.
Interessante lembrar que, o “casamento para toda a vida” entre empresa e colaborador se vê ameaçado em meio a competitividade e a globalização do mercado. Hoje o colaborador pode “morrer” de amor pela empresa em que atua, mas, se verificar novas possibilidades de desenvolvimento, bem como de crescimento, em outra empresa, se “divorcia” da empresa em que exerce suas funções, migrando fácil para a outra empresa, em busca de “novos horizontes”.
Em face do exposto, torna-se interessante conscientizar-se que, em meio à lei da sobrevivência e do “salve-se quem puder” este “divórcio” ocorre de maneira bem fácil também por parte da empresa no que tange a demissão do colaborador. Um exemplo clássico desta prática é quando o colaborador falha e sua falha determina a posição da empresa no mercado; assim, o colaborador ajudou a empresa anos e anos se doando , se entregando à execução de suas tarefas,contribuindo para com a ascensão,assim como com a permanência da empresa no mercado, mas em um dado momento em que falhou e sendo esta falha crucial à posição da empresa no mercado, a empresa não pensa nos benefícios advindos deste colaborador em tempos passado, não perdoando seu erro, desligando-o imediatamente do quadro.
Como se vê, em um momento de demissão, o que o profissional deve fazer em meio às “tempestades” deste percurso é manter-se calmo, verificando os prós e os contras, procurando analisar e avaliar friamente em que “pecou”, quais os seus pontos fracos que poderão ser convertidos em pontos fortes, procurando assim, além de desenvolver, crescer e “amadurecer” com as falhas, não se deixando abater, “cair” e/ou desanimar-se, pois, neste momento, é preciso estar de cabeça “fria” e “erguida”; somente assim ele conseguirá pensar, refletir, analisar e transpor os obstáculos , fazendo destes os degraus para sua subida e dessa forma, tornando esse período que deveria ser um fardo em um momento de desenvolvimento e crescimento advindo da confiança em si próprio.
Importante ressaltar, que em meio a essa tempestade o colaborador mantenha o equilíbrio emocional, não se deixando levar pela depressão, pelo desequilíbrio e crises emocionais que porventura estarão a lhe espreitar, pois estes sentimentos iriam apenas a um desequilíbrio, impedindo assim, de pensar de forma inteligente.
Conclui-se, então, que o importante é reconhecer erros, falhas e reerguer a cabeça, e assim se tornar novamente vitorioso.
Por outro lado, quando o colaborador solicita seu desligamento da empresa onde atua, a empresa inteligente deve procurar saber e entender o motivo que o levou a fazer tal pedido de demissão, analisando e refletindo sobre o mesmo, pois, se porventura a causa for “recheada” de falhas advindas da empresa, estas deverão ser corrigidas de maneira imediata, evitando-se assim futuros transtornos. Neste momento o gestor deve agir com extrema objetividade, transparência e profissionalismo, orientando e apoiando o colaborador no que for preciso, mas, sem se deixar levar pelas emoções, muito menos pelo vínculo criado com o colaborador se no caso existir; assim, o processo demissionário ocorre de forma mais tranqüila e menos traumática para ambos.
Em termos gerais, torna-se interessante relembrar que, em meio a um processo demissionário, é preciso haver transparência e sinceridade, evitando-se a todo custo a hostilidade. É preciso ter em mente que a hostilidade irá contribuir para trazer além da animosidade entre as partes, ”cicatrizes” que permanecerão para sempre. Muitas empresas são alvos de processos judiciais nesse momento, momento esse onde predominou a hostilidade, em vez de um desligamento sincero e honesto, ainda que o processo de demissão tenha sido desfavorável ao ex-colaborador.