Seminário da Diversidade Sexual debate avanços no combate a homofobia

Fotógrafo: João Pires/LBF
15/11/2011 - 01h28

No dia (11) ocorreu o VI Seminário da Diversidade Sexual com o tema “A cidadania é contra a homofobia” no auditório da Uniara, o evento com início pela manhã debateu questões fundamentais que envolvem a luta pela garantia dos direitos da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais). A presidente do Conselho da Mulher Edna Martins proferiu palestra na abertura do seminário alertando sobre a reprodução da violência motivada por práticas homofóbicas em nossa sociedade.
Esteve presente no evento o secretário de Governo Luiz Zacarelli, a presidente do Conselho Municipal da Saúde Rosane Nascer, Débora Malheiros representante da coordenadoria de Diversidade Sexual da secretária de Justiça do Estado de São Paulo, os vereadores Carlos Nascimento (PT) e Márcia Lia (PT) e a Dr. Sônia Gaban Gerente do Programa municipal DST/AIDS.
Em discurso no evento a presidente do Conselho das Mulheres Edna Martins declarou “temos que estar sempre ao lado destas formas de luta, precisamos estar juntos destes movimentos que batalham por condições políticas mais igualitárias, que apresentam demandas visando alcançar o patamar de cidadania plena”.
Alberto Carlos Andreoni que é presidente da RNP+Sol e um dos organizadores do evento destacou a importância do trabalho contínuo em prol do debate sobre a questão do preconceito em nossa sociedade, neste que já é o sexto ano da semana da diversidade sexual em Araraquara. 
Um dos principais temas debatidos no seminário foi a necessidade de maior combate as práticas de violência voltadas ao público GLBT “sabemos que atualmente menos de 10% dos casos de práticas violentas homofóbicas tem prisão ou responsabilização criminal dos agressores, são crimes que resultam na morte das vítimas, esta é uma situação grave que coloca uma pauta urgente de combate a violência contra o segmento LGBT, precisamos estimular a denúncia sobre esta violência, precisamos ampliar as políticas públicas, voltadas a este público, buscando fortalecer as condições de luta dos movimentos organizados em nosso país”, complementou Edna Martins.
Em discurso a representante da coordenadoria de Diversidade Sexual de SP Débora Malheiros declarou “precisamos desconstruir o mito de que a Parada Gay é somente uma atividade festiva, na verdade ele é um evento político, uma reivindicação de direitos, representa todo um trabalho na luta pelos direitos iguais, sendo que este espaço do seminário é um espaço de reflexão, onde podemos conversar sobre preconceito e discriminação, um espaço que nos permitem mudanças. É um dever do Estado tratar de forma igualitária o cidadão independente da cor, raça, religião ou orientação sexual, temos que pensar em metas no plano municipal para pensar ações direcionadas a população LGBT”.