Administração da Arena da Fonte deve ser terceirizada

Vereadores aprovaram projeto da Prefeitura que estabelece concessão onerosa de uso; conjunto aquático fica fora do pacote

30/11/2011 - 03h42

A Câmara Municipal aprovou na sessão ordinária de terça-feira, 29 de novembro, projeto da Prefeitura que prevê a concessão onerosa de uso da Arena da Fonte por empresa privada. Apenas o vereador Carlos Nascimento (PT) votou contra a proposta. 
Mesmo com a terceirização ficam garantidos jogos da Ferroviária, a final do Campeonato Amador de Futebol e a Encenação da Paixão de Cristo. Os dois últimos eventos constam do calendário oficial do Município.
O projeto determina que a empresa vencedora da licitação garanta a manutenção adequada da Arena e de todos os equipamentos internos do espaço, como restaurante, lanchonetes e área interna de estacionamento. 
O conjunto aquático e o estacionamento externo não terão a administração terceirizada. O valor do repasse que o futuro administrador fará à Prefeitura será previsto no edital para a licitação, assim como o tempo de concessão e outros detalhes.

Argumentos

Na defesa do projeto, João Farias (PRB), líder do governo, argumentou que a Prefeitura não condições financeiras nem técnicas para administrar o estádio. Segundo ele, o custo médio mensal de manutenção é de cerca de R$ 70 mil. 
Para o parlamentar, a parceria com a iniciativa privada poderá garantir investimentos e a realização de eventos esportivos, culturais e artísticos sem ônus ao Executivo. “Será a possibilidade para, enfim, transformar a Arena em um espaço multiuso”, discursou.
Único vereador contrário à proposta, Nascimento afirmou preferir “um modelo híbrido”, uma parceria que garantisse recursos para a manutenção e investimentos, mas que mantivesse a administração pública. 
“Sou contra o projeto, não pelo conteúdo, mas pelo caminho trilhado; o projeto não garante espaços para as categorias de base da Ferroviária nem para o futebol feminino”, exemplificou.