Reajuste do mínimo não prejudica contas públicas, diz deputado

02/12/2011 - 02h10

O deputado federal Dimas Ramalho (PPS-SP) disse que o resultado social do aumento do salário mínimo de 2012 compensa eventuais impactos que o reajuste cause nas contas públicas. Para ele, o novo valor do mínimo, que irá também definir o piso das aposentadorias e de outros benefícios previdenciários, vai dar novo fôlego a economia brasileira no próximo ano com a injeção de R$ 64 bilhões no mercado.

“O reajuste do salário mínimo, pensões e aposentadorias não pode ser o vilão das contas públicas”, contestou o deputado. Aos defensores da tese de que o governo tem de reduzir os gastos públicos com reajuste menor do mínimo, Dimas sugere que o governo reduza os atuais 39 ministérios como forma de economizar recursos.

O salário mínimo terá um reajuste de 12,26 a partir de janeiro de 2012. O valor passará dos atuais R$ 545 para R$ 622,73. “Será mais dinheiro em circulação que pode ajudar o Brasil a não se contaminar com a crise econômica que assola a Europa e os EUA”, avaliou Dimas Ramalho.

Além contribuir para o aumento do consumo interno, o deputado diz que o reajuste do mínimo dá um alívio nas contas dos aposentados e pensionistas da Previdência. “O aumento não é o que merecem os aposentados, mas também não vai quebrar o país. O que quebra o país é corrupção e o inchaço da máquina pública”, afirmou.