Leitura que Liberta: Araraquara lança projeto para transformar vidas no sistema prisional

Iniciativa com leitura dirigida para pessoas privadas de liberdade leva educação, esperança e novas oportunidades aos detentos da penitenciária local

24/04/2025 - 23h56

Na tarde desta quarta-feira (23), a Penitenciária Dr. Sebastião Martins Silveira, em Araraquara, foi palco do lançamento de um projeto que une livros, tecnologia e transformação social. O Projeto de Leitura Dirigida para Pessoas Privadas de Liberdade chegou com a missão de oferecer mais do que conhecimento: ele oferece uma nova chance.

A ação é fruto de uma parceria entre o Observatório do Livro, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), e reforça a resolução nº 391 do CNJ, que permite a redução de pena através de atividades educativas. Com o tema "Quem lê pode mais", os participantes receberão tablets com livros digitais em PDF, promovendo a leitura como ferramenta de reconstrução pessoal e reintegração à sociedade.

Durante a cerimônia, o prefeito Dr. Lapena destacou o valor do projeto para a cidade e para a dignidade humana. "A leitura tem o poder de transformar nossa visão de mundo e de nós mesmos. Para muitos desses indivíduos, ela é uma ponte para a esperança, a recuperação e uma nova chance", afirmou. "Nosso compromisso é garantir que a educação alcance a todos, inclusive quem está atrás das grades."

A vice-prefeita e secretária municipal de Assistência Social, Meire Laurindo, também esteve presente e reforçou a importância de políticas públicas que promovem a inclusão social por meio da educação:
"Esse projeto dialoga diretamente com o trabalho que desenvolvemos na assistência social. Acreditamos no poder da educação como uma ferramenta de transformação e reconstrução de vidas."

Além das lideranças do Executivo, participaram do evento o juiz José Roberto Bernardi Liberal, o vereador Marcelo Gurgel, Galeno Amorim (presidente do Observatório do Livro), o Capitão Adilson José Gardim, representantes da Polícia Penal, SAP, Funap e secretários municipais. Todos reforçaram a importância de ações que promovem a verdadeira inclusão.