A vereadora Márcia Lia participou de uma reunião organizada por moradores, no bairro Jardim Maria Luíza, em Araraquara
23/12/2011 - 03h42
Os moradores convocaram a reunião com a vereadora e um advogado representante da IDECON, instituição privada de consultoria jurídica, a fim de esclarecer dúvidas e expor a situação vivida por várias famílias no bairro, que adquiram terrenos e imóveis através da Tab Construções e Empreendimentos, de Jaú. Por motivos diversos, muitos moradores não puderam quitar as parcelas nas datas estabelecidas, e ao procurarem a construtora para saldarem os débitos, começaram a surgir empecilhos para que os pagamentos fossem realizados. A Tab Construções e Empreendimentos posicionou-se de forma a não aceitar negociações dos valores atrasados, acumulando assim, outras parcelas e juros.
Muitos dos proprietários dos terrenos informaram que passou a não ser possível quitar as parcelas dos terrenos e imóveis, já que além de não negociar a dívida, a construtora passou a reter carnês e não fornecer recibos.
Já há alguns meses, notificações de despejo e reintegração de posse começaram a ser enviadas aos proprietários, além da visita de advogados da construtora. A informação passada aos moradores é que teriam que deixar suas casas em 30 dias.
“Compramos os terrenos e agora querem pegar os terrenos, mas há casas construídas. Nós queremos pagar, mas eles não aceitam negociação nenhuma”, relata Adriana, uma das moradoras envolvidas.
Outro problema apontado é o montante de juros cobrado. “Eles estão nos cobrando várias vezes o valor dos terrenos. Comprei um terreno que valia 8 mil reais, na época, hoje eles cobram juros no valor de 32 mil reais. Se eu tivesse esse dinheiro, teria comprado o terreno num bairro melhor. Quando cheguei aqui, era só terra, quase uma fazenda”, declarou uma moradora que não quis se identificar. A maior queixa sobre os juros diz respeito não só ao valor final, mas sobre ao que eles se referem. “Não sabemos taxa do que são esses juros, não sabemos como são calculados, com base em qual tabela, nada. Apenas recebemos o valor”, foi o que nos disse Raquel, uma das responsáveis pela organização dos moradores com problemas junto à construtora.
Procurada pela assessoria da vereadora, a empresa Tab Construções e Empreendimentos disse estar aberta a negociações.
