Falta de médico em unidade de saúde preocupa vereador Edio Lopes

Reunião de conselho gestor levanta diversas demandas que incomodam população

05/01/2012 - 01h56

Foi realizada nesta quarta-feira, dia 4, a primeira reunião do Conselho Gestor do Posto de Saúde da Família localizado no Assentamento Bela Vista do Chibarro. Ela foi acompanhada pelo vereador Edio Lopes (PT). Da reunião participaram representantes da Secretaria da Saúde, dos usuários da unidade, do Orçamento e Participação Para Todos, Agentes Comunitários de Saúde e a equipe de serviço do PSF. Foram levantadas cinco questões principais, que ao entender do vereador Edio Lopes necessitam de soluções urgentes por parte da Prefeitura de Araraquara.
A principal questão é a falta de um médico permanente na unidade. Isto ocorre há nove meses, desde o falecimento do Dr. Paulo Tarso Reis, titular da unidade e muito querido pelos assentados. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, o problema estará resolvido até o final deste mês com a contração de Médicos Comunitários. Recentemente 19 médicos foram aprovados em um concurso público realizado na cidade, depois de 26 inscrições. A Prefeitura superou ainda uma dificuldade para a contratação destes médicos, com a implantação do programa de Estratégia de Saúde da Família, uma exigência dos profissionais. A falta de médico na unidade gerou protestos, abaixo-assinado e várias outras manifestações, consideradas justas pelo vereador Edio Lopes e por todos que participaram da reunião.
A reposição de uma Agente Comunitária da Saúde, que possivelmente esteja saindo do grupo, foi outro assunto da reunião, além da necessidade de um veículo para uso exclusivo do serviço. As agentes demonstraram o desejo de otimizar as visitas e atendimento às famílias, principalmente a alguns pacientes mais necessitados dos serviços. É preciso lembrar que a realidade dos serviços no assentamento é diferente da de um bairro na cidade. Lá as distâncias são muito maiores, e há ainda a condição de acessibilidade a algumas regiões, muito prejudicadas em períodos de chuva. Os representantes da secretaria mostraram que há uma solução sendo encaminhada.
Mesmo sem registro de casos de dengue no assentamento foi solicitado material de divulgação para que campanhas específicas sejam feitas nos lotes, junto aos moradores. As agentes apontaram que ocorre acúmulo de material que pode facilitar a proliferação do mosquito transmissor desta doença, e também da febre amarela.
Ainda dentro da questão, há a solicitação para a implantação de um bolsão de entulho na agrovila. Moradores estariam acumulando, ou descartando de forma imprópria, os restos de material de construção, galhadas e recicláveis. Há também a ocorrência de queimadas, e uma campanha de orientação precisa ocorrer na região, pois elas já ocasionaram alguns acidentes, com fogo causando prejuízos ao se alastrar por áreas produtivas.
Houve ainda o pedido para que a unidade de saúde tenha a presença de médicos das especialidades de ginecologia e pediatria, ao menos uma vez por semana. E isso ocorrerá, segundo os representantes da secretaria da saúde, já que ocorreu uma mudança na carga horária dos profissionais, dando condições de melhorar a distribuição do atendimento ao setor. 
Edio Lopes aguarda com expectativa o atendimento das demandas. “Há ainda a situação crítica da falta de médico na unidade. Espero que o compromisso assumido na reunião possa ser cumprido até o final do mês. Não é justo que aquela comunidade passe por esta dificuldade”.