Lei obriga o ensino de cultura africana e afro-brasileira nas escolas públicas e privadas de todo país
15/02/2012 - 01h55
A Prefeitura de Araraquara, por meio da Secretaria Municipal da Educação em parceria com o Centro de Referencia Afro e UNIARA, realiza de março a junho deste ano a formação continuada em História e Cultura Africana e Afro-Brasileira para 64 educadores da Rede Municipal de Ensino.
Segundo o secretário municipal da Educação, Orlando Mengatti Filho (Nino), o objetivo é fortalecer o estudo do tema com o desenvolvimento de métodos e práticas pedagógicas que auxiliem o educador a trabalhar as relações étnico-raciais em sala de aula, além de habilitar professores para difundir a temática.
“A formação continuada recicla o conhecimento adquirido e proporciona o compartilhamento de experiência e o enriquecimento do debate sobre o tema, proporcionando para os alunos um modo muito mais abrangente de receber e multiplicar a questão da igualdade, tanto nas escolas quanto no âmbito familiar”, destaca Nino.
“A pedido do prefeito Marcelo Barbieri teremos neste ano muito mais investimento na formação dos profissionais, uma vez que as estruturas físicas já foram contempladas em 2011. Claro que as obras na área continuam e tem todo o acompanhamento, inclusive do próprio prefeito, mas o investimento em recursos humanos também deve ser continuo”, afirmou o secretário.
Para a coordenadora do Centro Afro, Alessandra de Cássia Laurindo, a formação é fundamental para o resgate da história e cultura afro brasileira. “Este curso fornecerá aos educadores a assistência necessária para que se sintam cada vez mais familiarizados com o tema e tenham o embasamento teórico à prática docente, com a utilização do livro ‘História e Cultura Africana e Afro-Brasileira’, de Nei Lopes”, falou Alessandra.
O referido livro foi adquirido pela Secretaria Municipal de Educação e estará disponível em todas as unidades municipais e para os formandos do curso.
Lei 10.639
Em 2003, foi lançada a lei federal nº 10.639, que modificou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de cultura africana e afro-brasileira nas escolas públicas e privadas de todos os estados brasileiros.
Desde então, as instituições de ensino brasileiras passaram a implementar o ensino da temática nas áreas social, econômica e política. Em Araraquara, o conteúdo é ministrado nas aulas de História e trabalhado pelos professores de Educação Complementar.
“O objetivo é despertar para a construção social do Brasil resgatando o valor e a contribuição do negro para o País. Diante disso, a Prefeitura de Araraquara está no caminho certo quando fornece as diretrizes do trabalho em sala de aula da promoção da igualdade racial, pois essa formação para educadores e multiplicadores tem que ser contínua”, finalizou a coordenadora do Centro Afro.
