Chuva de granizo assusta Araraquara

Autor: Moacir Silberschimidt
03/03/2012 - 18h24

Choveu granizo em Araraquara por volta das 14h20 deste sábado, 3, assustando a população e causando estragos. Foram cerca de 15 minutos de chuva com fortes ventos. Árvores foram arrancadas, casas destelhadas e o córrego do Ouro voltou a transbordar, na região do terminal rodoviário. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, com apoio da Guarda Municipal e da Polícia Militar, do Daae e outros órgãos, agiram rapidamente para atender chamados, sinalizar e limpar vias públicas obstruídas. O abastecimento de energia elétrica também foi prejudicado em parte da cidade.
A moradora Cidinha Ruiz, do Jardim Arangá, queixou-se de ter energia em apenas parte de sua casa. Vizinhos dela também reclamavam do mesmo problema. “Ouvimos uma explosão e achamos que pode ter sido um transformador da CPFL”, disse Cidinha. O 0800 da companhia de força deixou uma gravação de atendimento a moradores de Araraquara avisando ter conhecimento de que havia falta de energia elétrica na cidade e estava trabalhando para solucionar o problema.
O coordenador da Defesa Civil de Araraquara, Edson Alves, falou com a reportagem da Folha da Cidade no final da tarde e declarou estar satisfeito com a rápida ação dos diversos órgãos que integram o plano de emergência da DC. “Demos prioridade a dois pontos mais vulneráveis, que são trechos da Via Expressa, na altura do terminal de integração de ônibus municipal, no centro da cidade, e do terminal rodoviário de passageiros”, afirmou. Ele explicou que os trechos foram preventivamente interditados porque a água do córrego do Ouro subia rapidamente. “Em 15 minutos, quando a chuva parou, liberamos tudo”, disse Edson.
Segundo levantamento prévio da Defesa Civil, foram registradas quedas de oito árvores - duas delas de grande porte -, alagamentos e a queda do muro de uma residência abandonada no cruzamento da rua Castro Alves com avenida Bandeirantes, bairro de São Geraldo. A Defesa Civil não registrou vítimas.
O coordenador Edson Alves enfatizou que o plano de emergência de atuação conjunta criado pela DC com outros órgãos “funcionou perfeitamente”, evitando que as consequências do temporal atingissem pessoas. No mês passado, uma professora aposentada desapareceu nas águas do córrego do Ouro, na região do terminal rodoviário, quando o motorista de uma Van tentou passar pelo trecho inundado; o veículo tombou e a idosa foi levada pela correnteza ao tentar se salvar. Ela continua desaparecida, apesar das buscas do Corpo de Bombeiros.