Universitária compõe grupo que irá apresentar projeto sobre técnica de monitoramento da pressão intracraniana na Europa

Estudante viajará para Inglaterra e Itália

06/03/2012 - 02h52

A aluna do terceiro ano do curso de Farmácia do Centro Universitário de Araraquara – Uniara, Lígia Alarcão Gomiero, irá apresentar na Europa, juntamente com uma equipe, projeto sobre uma técnica de monitoramento da pressão intracraniana. No final de abril e começo de maio, a estudante viajará para Londres, Cambridge (Inglaterra), Milão e Roma (Itália).
“Para esse monitoramento, o procedimento padrão implica em perfurar o crânio. Nosso projeto mostra um método minimamente invasivo, ou seja, não há necessidade deste procedimento, mas apenas de uma pequena incisão de 1,5 cm na pele do paciente. Desse modo, os riscos de infecções hospitalares diminuem bastante”, explica Lígia, que comenta que o estudo é realizado em parceria com a Organização Pan Americana de Saúde – OPAS, Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A estudante afirma que o método tradicional, que envolve muitos riscos, ainda é pouco usado no Brasil, em virtude dos custos, que não são cobertos pelo SUS, e também dos riscos inerentes das técnicas invasivas. “O monitoramento da pressão intracraniana é importante por oferecer parâmetros adicionais para a tomada de decisão do corpo clínico/cirúrgico em várias patologias, como acidente vascular encefálico, traumatismo craniano, hidrocefalia e outros. O Governo Federal e órgãos internacionais apoiam o projeto do novo monitor da PIC, desenvolvido por nosso grupo, por possibilitar o uso em crianças e adultos, a um custo acessível e sem riscos ao paciente, expandindo o acesso a esse importante diagnóstico e assim possibilitando a recuperação de muitos pacientes", detalha.
As universidades de Cambridge e Sapienza serão os locais onde o projeto será apresentado, enquanto que nas cidades de Londres e Milão o grupo conhecerá outros grupos parceiros na pesquisa. “Nos congressos mostraremos o método minimamente invasivo para monitoramento da pressão intracraniana, mas o grupo desenvolveu recentemente uma técnica totalmente não invasiva, que deve ser patenteada e divulgada até o final deste ano”, esclarece a aluna.
Lígia conta que tinha amigos envolvidos nessa pesquisa e passou a participar de várias palestras e experimentos sobre o assunto. Posteriormente, o coordenador Sergio Mascarenhas a convidou para entrar oficialmente no projeto, que “envolve uma equipe multidisciplinar e conta com médicos, com biólogos, físicos, farmacêuticos e outros profissionais”.
A coordenadora de Farmácia da Uniara, Thalita Pedroni Formariz, não esconde a satisfação e o orgulho por Lígia. “Isso mostra a qualidade da graduação e da instituição como um todo. Sinto-me honrada em fazer parte dessa família”, diz. A partida para Londres está programada para o dia 22 de abril e o retorno está marcado para o dia 12 de maio, em São Paulo.