Maranata conhece projeto que transforma lixo em concreto

Vereador destaca importância de incentivar pequenas indústrias de Araraquara

23/03/2012 - 03h54

O vereador Paulo Maranata (PR) está acompanhando o desenvolvimento de uma máquina que utiliza lixo orgânico para a produção de artefatos de concreto. O projeto, em execução, há aproximadamente dois anos, tem como idealizadores o técnico de metalurgia, José Antônio e o químico, Marcelo Santos.
A máquina, que está em fase final de construção, faz a separação mecânica de lixo orgânico e reciclado, tritura o material e o encaminha para um misturador, onde acontece um tratamento químico. O resultado final é uma massa tratada, sem apresentar odor. Os empreendedores contam que a massa tratada não é tóxica, não produz chorume, não é patogênica e pode substituir a areia para a produção de concreto, reboco e argamassa. 
“Essa máquina pode trazer grande economia ao município. Hoje, se gasta no transbordo do lixo para Guatapará aproximadamente R$ 100 a tonelada. Com a máquina de reciclagem o custo do processamento de lixo cai para R$ 50 a tonelada”, afirma o vereador. “Uma economia de 50%, sem contar o ganho com a venda dos artefatos de concreto e do lixo reciclável”.
O equipamento consegue transformar as 200 toneladas diárias de lixo produzidas na cidade em 32 toneladas de pó ou fabricar 86 mil blocos para construção civil a um custo 40% menor do valor do mercado. “Se hoje, empresas de artefatos de concreto vendem um bloco a R$ 1,20, a mini usina consegue produzir e vender a unidade por R$ 0,69, ou seja, quase a metade do preço”, diz.
O parlamentar destaca que “diante desse revolucionário projeto não tive como não apoiá-lo e divulgá-lo”. Para Maranata, “a ideia tem que ser incentivada; tenho certeza, que se a nossa cidade abraçasse, teria um ganho muito grande tanto para a questão ambiental, pois não precisaremos mais aterrar o lixo e não terá a produção de gás metano e chorume, quanto para a rentabilidade das cooperativas e associações de catadores de lixo”.