Seis servidores são presos por desvio de combustível

05/04/2012 - 03h46

Pelo menos seis funcionários públicos da Prefeitura Municipal de Araraquara foram presos pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG). Os servidores são acusados de desviar combustível e massa asfáltica.
No centralizado foram detidos os servidores Amarildo Toledo Pizza, José Benedito Sá, Marco Antonio do Amaral, Martins Teixeira e Quirino Marques Gouvec. O sexto acusado foi preso em Américo Brasiliense e a reportagem não descobriu a sua identificação.
O secretário de Administração da Prefeitura de Araraquara, Delorges Mano, afirmou que a denúncia sobre o desvio de combustíveis por funcionários públicos surgiu da própria pasta. Todos os acusados negaram o crime.
A prefeitura recebeu a denúncia no final de 2011 e procurou descobrir o desvio. 
A prefeitura não conseguiu constatar a irregularidade porque a diferença de combustível nos relatórios era mínima. Mano  disse que o pátio da Prefeitura tem aproximadamente 700 veículos e um consumo mensal de 50 mil litros. A saída foi passar a investigação para a Polícia Civil. 
A polícia acredita que cada acusado desviava até 400 litros de combustíveis por semana. Eles abasteciam os caminhões e antes de ir trabalhar paravam nas residências dos receptadores e transferia os combustíveis para os galões. 
Nas casas dos acusados, a polícia encontrou diversos galões plásticos com capacidade para 20 litros e um tonel com capacidade para armazenar 100 litros foi encontrado nos Jardins Maria Luiza, Vale do Sol, Jardim Dumont e em Américo Brasiliense. 
Os funcionários serão indiciados por formação de quadrilha, peculato, crime contra a ordem econômica e armazenamento inadequado de produto inflamável. Todos devem ser encaminhados à cadeia pública de São Carlos. 
A DIG ainda está procurando um sétimo homem que está envolvido no esquema. Ele trabalha para uma empresa terceirizada. 
O crime estava sendo investigado havia pelo menos quatro meses. A polícia acredita que a quadrilha estava desviando o combustível havia pelo menos dois anos. A DIG continua o trabalho para descobrir quem comprava os combustíveis e a massa asfáltica. Todos os envolvidos no esquema também serão indiciados em inquérito policial.