Contraste de cores em menus de sites facilita acessibilidade de idosos à internet

Pesquisa foi tese de mestrado do professor de Design Digital da Uniara Eduardo Pezutti

12/04/2012 - 01h57

O professor do curso de Design Digital do Centro Universitário de Araraquara – Uniara, Eduardo Pezutti Beletato dos Santos, que recentemente defendeu sua tese de mestrado voltada para uma pesquisa sobre possíveis barreiras de acessibilidades em menus de navegação na internet por pessoas de meia idade (40 a 59 anos) e idosas (acima de 60), concluiu que, quanto maior o contraste de cores do menu com o resto do site, mais facilmente o usuário irá identificá-lo, e sua ativação com um tempo mediano (ao colocar o cursor do mouse sobre determinada opção) ajuda a identificar o novo menu exibido.
Com os dados coletados, Pezutti acredita que, para o desenvolvimento de um site, é recomendada a utilização do chamado “Menu Superfish”, disponibilizado no endereço http://users.tpg.com.au/j_birch/plugins/superfish/. “Essa opção foi a que apresentou os melhores resultados para pessoas das faixas etárias estudadas”, explica.
“O contraste é importante na identificação desses menus, que, muitas vezes, são confusos nos sites. Por sua vez, com a velocidade mediana de ativação de opções, seu entendimento é maior”, detalha o docente. Ele aponta que a velocidade mediana de ativação demore, ao passar o mouse sobre determinada opção, entre 0,3 e 0,7 segundos para que o submenu apareça. “É a faixa de tempo em que, por exemplo, um motorista leva para pisar no freio de um carro ao perceber alguma situação de perigo”, comenta.
Pezutti observou sete propriedades diferentes em oito menus de navegação drop-down (que geram submenus com o passar do cursor na opção), em sua pesquisa: disposição, velocidade, necessidade de clique, identi?cação de continuidade, contraste de cores, apresentação da hierarquia e presença de dicas.
Para comparar os dados de sua pesquisa, o professor contou também, além das pessoas de meia idade e idosas. com um grupo de voluntários com idades entre 18 e 39 anos, totalizando, até a sua defesa de tese, 335 pessoas, das quais 135 permaneceram até o final dos testes.
O docente lembra que a pesquisa continua em andamento e que precisa de mais voluntários para consolidá-la. Ele salienta que necessita preferencialmente da participação de pessoas idosas nos testes, mas que todos podem realizá-los – basta acessar o endereço http://agua.intermidia.icmc.usp.br/menu/.