17/04/2012 - 03h24
A Associação Comercial e Industrial de Araraquara e o SEBRAE retomam nesta terça-feira, dia 17, durante um coquetel, o Programa Empreender em Araraquara. Com empresários de um mesmo segmento reunidos, buscam-se alternativas a partir de agora para o fortalecimento da classe em que atuam.
Fruto da parceria da ACIA, FACESP e SEBRAE, o programa foi implantado na cidade em 2004 com apoio da Confederação das Associações Comerciais e Empresa-riais do Brasil, apresentando características inovadoras e capazes de provocar profundas transformações econômicas e sociais no país.
Segundo Renato Haddad, presidente da ACIA, este é um programa que visa fortalecer as MPEs através da prestação de serviços, organizando os núcleos setoriais e contribuindo ainda para a melhoria e profissionalização das Associações Comerciais e Empresariais que acolhem o programa.
Na verdade, confessa o dirigente, são praticadas várias ações contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico, principalmente na geração de empregos, utilizando o lema Unir Para Crescer”.
“A cada dia vivenciamos um mercado mais competitivo, dinâmico e globalizado, e muitas empresas de pequeno, médio e até grande porte, correm o risco de fecharem suas portas por não se adequarem às novas exigências do mercado. Cada vez mais a necessidade de renovação e a procura por soluções eficazes são realidades diárias para o empreendedor”, comenta Marimar Guidorzi de Paula, gerente regional do SEBRAE em Araraquara.
O empreendedor que adere ao Empreender, diz Marimar, obtém resultados significativos, como o crescimento dos negócios, desenvolvimento dos trabalhos de capacitação e geração de vendas, agilidade na administração e benefícios junto a fornecedores, como descontos e concessões.
Em seu retorno a Araraquara, o Empreender traz uma proposta inovadora, pois estimula os empresários a se auto-organizarem e a definirem as suas demandas, sem esquecer do desenvolvimento regional que isto acarreta. A necessidade de aderir ao Programa Empreender está no fato de que MPE’s têm, na maioria dos países em desenvolvimento, um alto índice de mortalidade, chegando em algumas regiões e em alguns setores, superior a 50% no seu primeiro ano de vida. Esta elevada mortalidade tem razões conhecidas pelos órgãos de apoio e fomento de todos os países como: gestão deficiente; falta de formação do empresário e de seus funcionários; uso de tecnologias defasadas; baixa qualidade de produto/serviços ofertados; dificuldade para acessar linhas de crédito e muitas outras.
Marimar explica ainda que a metodologia básica de trabalho é simples, porém trabalhosa.
“Criam-se Núcleos Setoriais, que são grupos de trabalhos dentro das ACEs, formados por micro e pequenos empresários de atividades do mesmo segmento, com problemas semelhantes e que buscam soluções em comum. Desta forma, o isolamento da micro e pequena empresa é quebrado, promovendo o associativismo e o desenvolvimento da empresa, do setor e da economia”, enfatiza a dirigente.
O funcionamento de um Núcleo Setorial é realizado identificando-se os problemas e as necessidades dos participantes; troca de informações, priorização de ações, decisão sobre atividades de treinamento e consultoria, negociação com fornecedores e clientes sobre bens e serviços; busca de soluções em conjunto, marca única; logística de distribuição conjunta, missões técnicas e comerciais; participação coletiva em feiras e condições de exercer o poder de lobby através da Associação Comercial.
Além da possibilidade de contatos com outros núcleos, quem faz parte do Empreender pode desenvolver atividades conjuntas de compras; fabricação de produtos e prestação de serviços em conjunto; troca de experiência com empresas de outras cidades, agentes financeiros, entidades de formação profissional, centros de pesquisa e órgãos de informação. São ações que na opinião do presidente Renato Haddad, podem contribuir de forma decisiva para que a empresa ganhe força no mercado. O evento acontecerá no auditório da Associação Comercial, às 19h30.