24/05/2012 - 02h58
O vereador José Carlos Porsani (PP) apresentou, na Sessão Ordinária de terça-feira, 22, um requerimento para que seja enviada uma Moção (proposta) parabenizando a presidente Dilma Rousseff pelo veto do projeto que permitiria a venda de medicamentos sem a exigência de prescrição em supermercados, armazéns, empórios, lojas de conveniência, hotéis e similares.
Segundo Porsani esta medida poderia estimular a automedicação e o uso indiscriminado de remédios. “O uso inadequado de medicamentos pode levar a um quadro grave de intoxicação, além de mascarar alguns sintomas de uma doença mais grave, atrasando o diagnóstico e comprometendo o tratamento”, explica o vereador e ex-farmacêutico.
O veto foi publicado no Diário Oficial da União no dia 18 de maio, e vem de encontro aos anseios dos médicos e farmacêuticos que são contrários a essa medida, pois iria dificultar o controle sobre a comercialização de medicamentos, sem a presença de farmacêutico responsável. “O médico é a única pessoa capacitada para avaliar as necessidades de um paciente e receitar o medicamento e o farmacêutico é responsável por orientar o paciente quanto à forma certa de tomar o remédio, como administra-lo e tirar qualquer dúvida sobre o medicamento que está sendo comprado”, afirma Porsani.
Para a farmacêutica Doris Francisca Bassi, 56 anos, o veto é positivo. “Medicamento é coisa séria, não é um comércio e somente o farmacêutico pode orientar o paciente. Sou a favor do veto”, diz Bassi.
“Parabenizo a presidente pela iniciativa acertada em vetar esse projeto, que certamente virá prevenir futuras doenças aos consumidores de remédios sem a prescrição da autoridade do ramo.
Solicitei também que seja enviado cópia dessa Moção a ABCFARMA (Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico, ao CRF (Conselho Regional de Farmácia, bem como o CRM (Conselho Regional de Medicina), conclui Porsani.