25/05/2012 - 02h35
O deputado federal Dimas Ramalho (PPS-SP) disse, que “há provas em abundância” contra o empresário de jogos ilegais Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, principal alvo da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga denúncias de corrupção envolvendo agentes públicos, políticos e empresários.
Membro do Ministério Público de São Paulo, Dimas acompanhou o oitiva de Cachoeira a pedido do líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), titular da CPMI pelo bloco PPS-PV. Cachoeira não respondeu uma única pergunta dos integrantes da comissão, reservando-se ao direito de falar sobre as acusações somente em juízo, de acordo com o previsto na Constituição.
“Ele era tão loquaz nos telefonemas [quando estava à frente da organização criminosa] e agora silencia. É um indício de que tem muito a esconder e a dizer também”, disse. Porém, avalia Dimas, o “silêncio” de Carlinhos Cachoeira é “uma questão de tempo”.
Para Dimas, Cachoeira perdeu a oportunidade de se defender já que há provas em abundância contra ele apuradas pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal por meio das operações Vegas e Monte Carlo.
Plenário
Vice-líder no Congresso, Dimas reiterou a importância em não se blindar a CPI do Cachoeira. O parlamentar usou o Grande Expediente da Câmara na segunda (21/5) para relembrar os 20 anos da morte do juiz Giovanni Falcone, na Itália, em decorrência ao combate contra o crime organizado e a máfia.
Dimas Ramalho traçou um paralelo da Operação Mãos Limpas, ocorrido na Itália, com o esquema investigado pela investigação da CPMI instaurada no Congresso Nacional. “Precisamos ir fundo no combate a corrupção e crime organizado. O Brasil precisa de Mãos Limpas”.