Vereadores receberão entre R$ 6,8 mil e R$ 7 mil

Ante a falta de acordo, maioria deve optar por estes valores; Reage Araraquara apoia

29/05/2012 - 03h24

Após quase três horas de reunião e sem que houvesse um consenso, ficou definido que os vereadores araraquarenses deverão receber subsídios entre R$ 6,8 mil e R$ 7 mil a partir da legislatura que terá início em 1º de janeiro de 2013. O projeto será apresentado na sessão ordinária desta terça-feira, 29 de maio, mas a votação somente acontecerá na sessão de 5 de junho.
De acordo com Aluísio Braz, Boi (PMDB), presidente da Câmara Municipal, “não é o que a bancada do PT queria; não é o que o Dr. Lapena queria; não é o que a Juliana Damus queria; não é o que o Reage Araraquara queria; não é o que grande parte dos vereadores; mas é o que foi possível chegar para alcançarmos um consenso”.
Para ele, “o mais importante é que a população araraquarense está de volta à Câmara Municipal”. A afirmação refere-se à participação do movimento Reage Araraquara que “para nossa grata surpresa criou corpo, cresceu e, com as quase 12 mil assinaturas, teve uma importante atuação nessa discussão”. Dois representantes do grupo participaram da reunião na tarde de segunda-feira, 28 de maio, no gabinete da Presidência da Câmara.
Boi anunciou também que haverá duas outras reuniões nesta terça-feira. Às 13 horas, com a participação do Reage Araraquara, o encontro será com a bancada do PT, que insiste em defender um índice de reajuste menor. Às 14 horas, o convidado será Raul de Melo Franco Junior, promotor da Justiça Eleitoral, que será recebido pelos 13 vereadores.


Número

A falta de acordo persiste quanto a uma eventual redução no número de cadeiras para a próxima legislatura. No final de 2011, a Câmara aprovou aumento das atuais 13 paea 21 vagas; porém, em fevereiro deste ano, os vereadores reviram o posicionamento e votaram pela diminuição para 18 cadeiras.
Dentre as reivindicações do Reage Araraquara, está uma redução ainda maior. Boi argumentou que esta é uma questão mais complexa, uma vez que, neste caso, o consenso será ainda mais difícil. Ele lembrou que os partidos políticos já estão trabalhando na montagem das chapas de candidatos e alguns até já marcaram datas para as convenções municipais.
Segundo o presidente da Câmara, se houver nova redução no número de vagas, os partidos terão que fazer alterações em suas listas e cortar nomes, entre outras coisas. “Qualquer mudança no número de cadeiras poderá ser questionada na Justiça por qualquer partido e criar uma longa e intensa disputa judicial”, afirmou. Mas, Boi deixou em aberto a possibilidade de se reabrir essa discussão a partir de 2013.