Forte esquema de segurança no julgamento de 22 acusados de envolvimento com o PCC

03/07/2012 - 03h22

Demorou pelo menos quatro horas a primeira parte do julgamento de 22 pessoas acusadas de envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que atua no Estado de São Paulo. O julgamento ocorreu ontem no Fórum de Araraquara.
Cinco testemunhas de acusação foram ouvidas na sala do júri. A audiência de defesa foi marcada para os dias 31 de julho e primeiro de agosto. A sentença dos acusados deve ser anunciada até setembro.
Os investigadores da Polícia Civil – responsáveis pela operação que prendeu 23 pessoas em Araraquara e região, no final do ano passado – foram as testemunhas de acusação. 
Para o promotor Herivelto de Almeida, da vara de execuções criminais, foram apresentadas provas que indicam o envolvimento dos acusados com o crime organizado.
Cada investigador falou por pelo menos 40 minutos na presença dos 22 acusados. Eles chegaram em três camburões. Seis viaturas da PM escoltaram os acusados.
A maioria dos acusados  - 14 - estão presos na Penitenciária de Araraquara. Outros três estavam em Itirapina, em Pirajui e Serra Azul. Duas mulheres estavam detidas em Santa Ernestina, na região de Matão. Outras três pessoas respondem ao crime em liberdade.
A polícia chegou aos acusados durante as investigações de um latrocínio ocorrido no mês de março de 2011, no Jardim Martines, em Araraquara.
Um fazendeiro de 49 anos – da cidade de Posses (GO) – foi morto com um tiro na cabeça, durante uma tentativa de assalto no Jardim Martines, em Araraquara. O fazendeiro se hospedou em um hotel naquela região da cidade e foi assaltado quando pretendia ir comprar um lanche.
A Delegacia de Investigações Gerais de Araraquara (DIG) por meio de interceptações telefônicas, identificou os integrantes da facção criminosa.
Em dezembro do mesmo ano do crime, a polícia prendeu os acusados nas cidades de Araraquara, Matão e Rio Claro. Ao final do inquérito, 89 pessoas estavam ligadas a facção.