A profissão de designer digital e suas soluções

Coordenadora de Design Digital da Uniara fala sobre a carreira e tendências de mercado

12/07/2012 - 02h54

O designer digital tem ganhado cada vez mais destaque na sociedade contemporânea. Com o aparecimento de inúmeras tecnologias, seu campo de atuação expandiu e tornou-se mais complexo.
“O profissional passa a projetar soluções em evolução para problemas também em evolução. E existem muitas soluções para um mesmo problema”, afirma a coordenadora do curso de Design Digital do Centro Universitário de Araraquara – Uniara, professora Adeline Gil, que também falou sobre a carreira, campo de trabalho e tendências da área.
Ela aponta que o designer pode atuar na produção de softwares, sites, games, aplicativos, televisão, cinema, vídeo, animação, produtos, mídia impressa (livros, revistas, marcas e embalagens), sinalização e outras frentes, seja nas áreas de educação e, até mesmo, de saúde. Além disso, pode trabalhar em parceria com arquitetos, profissionais de computação, publicitários e jornalistas.
“Levando em consideração que o design está em todos os lugares, existem muitas possibilidades, mas o mais comum é na comunicação. Apesar de envolver tecnologias, a profissão faz parte das ciências humanas, e daí ser uma área tão rica para se trabalhar, pois se insere nas fronteiras entre diversos campos do saber, promovendo a interconexão entre eles”, diz.
Adeline salienta que o mercado de games tem se destacado no Brasil, o que absorve os profissionais do ramo. “Há um crescimento evidente nas mídias móveis, como celulares e smartphones”, detalha. 
De modo geral, a coordenadora vê no perfil do futuro profissional “um estudante que gosta de artes e de computadores, que tem interesse por inovação, comunicação e um potencial criativo, que será trabalhado/desenvolvido durante o curso”. 
No entanto, de acordo com a docente, antes de se tornar, por exemplo, designer gráfico, de embalagens ou de websites, o aluno precisa entender as necessidades do usuário e projetar soluções criativas. “Nos três anos da graduação da Uniara, o estudante expande seu repertório cultural, artístico, estético e tecnológico por meio de teoria e prática, ou seja, ele adquire conhecimentos para atuar crítica e criativamente diante dos desafios da profissão, com capacidade e flexibilidade para trabalhar por muitas décadas, já que a formação não é focada nas ferramentas. Elas evoluem, mas são somente um meio para se chegar a um objetivo”, relata.
Segundo Adeline, as soluções projetadas pelo designer estão em constante movimento, em um contexto de comunicação em rede e de colaboratividade. “Ele não se contenta em receber conteúdo: quer produzir e participar. Nesse sentido, o designer de comunicação deve resolver problemas em constante adaptação, em versão ‘beta eterno’”, comenta.
Sobre as tendências da profissão, ela cita o design de interação, “um campo que se dedica a projetar o modo como o usuário vai interagir com uma interface, seja ela analógica ou digital, visando a oferecer uma experiência agradável, interessante e satisfatória para quem for utilizar seus serviços”.
Mais informações sobre design de interação podem ser obtidas no endereço http://www.ixda.org/node/32226.