Foursquare vira mania entre os jovens

Atualmente, a nova febre entre os jovens que utilizam aparelhos celulares é o Foursquare, uma mídia social utilizada por meio de um aplicativo que se baseia na geolocalização e mostra para a sua rede de amigos os lugares por onde passou. Além disso, o aplicativo também possibilita que o usuário acumule pontos ao passar pelos chamados “checkins”, quando a pessoa chega a um determinado lugar e acessa o Foursquare, já é identificado todos os pontos cadastrados onde o usuário esteve como, por exemplo, universidades, bares e hospitais. Ligado a isso, existe a opção de incluir sugestões e dicas dos locais frequentados, de forma que, sempre que outra pessoa utilizar o aplicativo para fazer o “checkin”, terá acesso às dicas postadas.
O coordenador dos cursos de Engenharia de Computação e Sistemas de Informação do Centro Universitário de Araraquara - Uniara, Rodrigo Malara, explica que, dessa maneira, é possível visualizar no próprio smartphone os estabelecimentos mais próximos e os comentários de outras pessoas sobre ele, “além de conseguir localizar amigos próximos”. Ele comenta que as empresas podem se cadastrar no Foursquare, criar ofertas especiais para os visitantes e divulgá-las no próprio aplicativo.
Segundo o professor do curso de Publicidade e Propaganda da Uniara, Samuel Gatti Robles, “os pontos conquistados diariamente, que são exibidos juntamente com os dos amigos, transformando o aplicativo em um jogo, o que torna o torna mais interessante”.
Malara explica que, de acordo com a quantidade de pontos, o tipo de estabelecimento e o horário do “checkin”, os usuários ganham insígnias ou badges, como são chamadas no Foursquare, que são públicas e ficam associadas ao perfil do usuário”. Ele afirma que podem existir vários níveis para a mesma insígnia e a quantidade delas prova que determinada pessoa é mais sociável que seus amigos.  
De acordo com Robles, o aplicativo tem sido bem aceito pelos usuários, “tanto que o fabricante de brinquedos Estrela se juntou ao Banco Itaú e lançou a versão eletrônica do jogo Banco Imobiliário, que usa a base de dados do Foursquare, mas que, muito mais que apenas realizar “checkin”, as pessoas podem ‘comprar’ os edifícios e locais das cidades”.
Já o coordenador explica que, para utilizar o aplicativo, é necessário primeiramente baixá-lo. “Ele permite que você se cadastre usando seu perfil no Facebook e, com isso, já identifica quais amigos estão usando o serviço e sugere que adicioná-los na nova mídia social também”, aponta.
Por outro lado, Robles alerta que é necessário ter cuidado com a nova ferramenta, pois ela oferece a localização exata de onde está. “Há quem tenha medo de fazer os ‘check-in’. Muitos preferem fazê-lo quando estão saindo do local”, completa.
Na opinião do docente, o Foursquare é uma ferramenta que vicia. “Gosto muito dele, principalmente por provacar meus amigos, o que faz com que sejam estimulados a conseguir mais ‘checkins’ para me ultrapassar. Além disso, ele também seu lado ‘negócio’. Os restaurantes, por exemplo, podem solicitar a propriedade da ‘Venue’: imagine que alguém criou um ponto do aplicativo em um restaurante. Assim, você pode solicitar ao Foursquare que lhe dê a propriedade daquele ponto (venue), o que lhe possibilitará oferecer vantagens aos clientes como, por exemplo, o ‘prefeito do local’, determinado pelo acumulo de pontos, pode obter descontos ou outras vantagens enquanto estiver na liderança”, finaliza.
Malara confirma que o aplicativo é compatível com smartphones com os sistemas Android, Symbian (Nokia), Iphone, Blackberry, Windows Phone e WebOS (Palm). Robles complementa que os usuários de outros aparelhos podem acessá-lo na versão web.
De acordo com ele, o Foursquare conta com uma comunidade com mais de mais 20 milhões de pessoas em todo o mundo, mais de dois milhões de “checkins”. “Esse número aumenta a cada dia. Em relação às empresas, mais de 750 mil utilizam a ‘Plataforma do Comerciante’”, finaliza.