Saúde muda estrutura de atendimento na rede básica

Segundo Coordenadoria de Atenção Básica, mudanças visam melhorar a prestação de serviços na cidade

12/05/2011 - 03h21

Visando melhorar a qualidade dos serviços prestados na rede básica, a Secretaria Municipal da Saúde está promovendo algumas alterações no redimensionamento das áreas de abrangência das unidades básicas de saúde em Araraquara.
Segundo a coordenadora executiva de Atenção Básica em Saúde, Maria da Penha Santos, a partir destas alterações o CMS (Centro Municipal de Saúde), Selmi Dei I vai receber a população da Chacará Velosa, Jardim Maria Luisa III, e Loteamentos Estela e Kaneshiro e Fujimoto Sakamoto. 
Estes bairros estavam sem unidade de referência e se utilizavam de forma espontânea o CMS do Jardim Paulistano, que atualmente está atendendo aproximadamente 17 mil pessoas. 
O CMS Selmi Dei I, com a mesma estrutura física, passou a atender cerca de 9 mil usuários, com a inclusão da população dos bairros citados acima. 
Pela proximidade, o CMS do Jardim Santa Lúcia passou a atender os usuários do bairro Quitandinha que eram atendidos no Sesa – Serviço Especial de Saúde de Araraquara, no Centro da cidade. Por sua vez o Sesa recebeu usuários do Jardim Morumbi I e II e o Jardim Residencial Santa Mônica, que pertenciam a área de abrangência do CMS Laranjeiras.
O CMS Laranjeiras passará a atender os moradores dos bairros Lupo I e II da área de abrangência da USF - Unidade Saúde da Família do Vale do Sol. A coordenadora explica que a USF do Vale do Sol estava trabalhando com uma população 100% maior do que a unidade consegue atender com qualidade.  "Por isso foram realizadas as alterações nas áreas de abrangência das unidades de saúde".
Outra unidade que estava atendendo acima da sua capacidade era USF do Marivam, que, por isso, transferiu a população dos bairros Vila Harmonia e Vila Velosa para a unidade do Sesa.

Nova geografia
A coordenadora da Atenção Básica explica que essas alterações ocorrem porque há dez anos não era feita a “revisão de território”. “O município foi crescendo com bairros novos, sem vincular a nenhuma unidade de Saúde e, com isso, havia unidade atendendo acima da capacidade e perda de qualidade no atendimento prestado à população”, segundo Maria da Penha.
Conforme acrescenta Penha, a USF do Vale do Sol iniciou o atendimento em 1999 para uma população de 4 mil pessoas, com duas equipes de saúde da família. Atualmente, com a mesma estrutura física, e ainda com a duas equipes, presta atendimento a aproximadamente 10 mil pessoas, ocasionando sobrecarga dos serviços prestados e queda na qualidade dos serviços.

Ampliação
Ainda de acordo com Maria da Penha Santos, o projeto de ampliação das unidades de ESF deve começar pelas unidades que já estão trabalhando com as EACS, ou equipes de agentes comunitários da Secretaria Municipal da Saúde. 
A proposta, segundo a coordenadora, é implantar sete equipes de ESF nessas unidades, mas “de uma forma gradativa”. 
Penha adiantou ainda que a USF do Jardim Brasil já está com um projeto-piloto permanecendo aberta todas as terças-feiras até às 19h. A medida visa atender os trabalhadores da sua área de abrangência.