São Paulo terá Plano Estadual para Citricultura

18/08/2012 - 01h29

<p style="text-align: justify;">S&atilde;o Paulo ter&aacute; um Plano Estadual que deve nortear as a&ccedil;&otilde;es do governo na &aacute;rea da Citricultura, considerada uma das principais &acirc;ncoras econ&ocirc;micas paulista. O documento, que est&aacute; sendo formulado a partir de uma s&eacute;rie de pesquisas acad&ecirc;micas e intenso di&aacute;logo com a cadeia produtiva, ser&aacute; entregue ao Governador Geraldo Alckmin &nbsp;pela Frente Parlamentar da Citricultura da Assembleia Legislativa, coordenada pelo deputado Edinho Silva.<br />Na tarde de quarta-feira, dia 15, o parlamentar esteve reunido com a assessoria t&eacute;cnica da Frente para an&aacute;lise de todo o material recolhido e formata&ccedil;&atilde;o do quadro de diretrizes. Segundo ele, a proposta do Plano Estadual da Citricultura est&aacute; bem completa e contempla as demandas do setor, uma vez que &eacute; resultado de um esfor&ccedil;o conjunto de v&aacute;rias pessoas e institui&ccedil;&otilde;es ligadas &agrave; &aacute;rea. &ldquo;Ouvimos todos os setores que comp&otilde;em a cadeia da laranja como trabalhadores, produtores, ind&uacute;strias processadora de suco, associa&ccedil;&otilde;es, sindicatos, acad&ecirc;micos e institui&ccedil;&otilde;es governamentais, centros de pesquisa entre outros. Nosso objetivo era debater as dificuldades enfrentadas pela cadeia produtiva e suas contradi&ccedil;&otilde;es e, a partir da&iacute;, formular esse Plano&rdquo;, destacou Edinho.<br />As diretrizes propostas no Plano Estadual da Citricultura v&atilde;o desde a cria&ccedil;&atilde;o de plataformas de acesso &agrave; informa&ccedil;&atilde;o, com aprimoramento de metodologias e sistemas dos dados oficiais da laranja, at&eacute; inciativas para o fomento do mercado interno, consumo nacional e internacional, pol&iacute;tica de cr&eacute;ditos, enfrentamento &agrave;s pragas, programa de capacita&ccedil;&atilde;o de trabalhadores entre outras.<br />De acordo com Edinho, a proposta do Plano, j&aacute; com o embasamento da assessoria t&eacute;cnica, ser&aacute; levada a todos os membros da Frente Parlamentar. &ldquo;Vamos debater com os demais parlamentares detalhes sobre o Plano. Os apontamentos de cada um ser&atilde;o inseridos na proposta final que ser&aacute; entregue ao Governador&rdquo;.<br />Na sua avalia&ccedil;&atilde;o, o Plano pode ajudar o estado a aumentar a competitividade internacional e tornar a atividade propulsora do desenvolvimento social. Ele ressalta que &eacute; necess&aacute;rio pensar no desenvolvimento sustent&aacute;vel da citricultura paulista n&atilde;o s&oacute; do ponto de vista econ&ocirc;mico, mas tamb&eacute;m do meio ambiente e da rela&ccedil;&atilde;o com o trabalhador.<br />O Brasil &eacute; o maior produtor de laranja e o maior exportador do seu suco do mundo. A citricultura no Brasil atinge, com exporta&ccedil;&otilde;es, cerca de dois bilh&otilde;es de d&oacute;lares anuais. De cada 10 copos bebidos de suco de laranja no mundo seis s&atilde;o de origem brasileira. A citricultura paulista representa 85% desta produ&ccedil;&atilde;o.<br /><br />Resposta &agrave; crise<br />Durante a reuni&atilde;o com assessoria t&eacute;cnica, Edinho tamb&eacute;m tratou sobre o problema emergencial da citricultura paulista: evitar a perda de parte da safra 2012/2013, que segundo os produtores n&atilde;o ser&aacute; comprada pelas ind&uacute;strias de suco. A estimativa &eacute; a perda de 83 milh&otilde;es de caixas da fruta at&eacute; fevereiro o, o que representaria um preju&iacute;zo de R$ 1,2 bilh&atilde;o.<br />&ldquo;A crise no setor afeta cerca de seis mil produtores independentes em 300 munic&iacute;pios do estado de S&atilde;o Paulo, com reflexo em toda a cadeia econ&ocirc;mica&rdquo;, disse. As ind&uacute;strias n&atilde;o fecharam contrato para a compra da laranja precoce por conta dos estoques elevados de suco. Segundo elas, o consumo caiu no mercado internacional, provocando redu&ccedil;&atilde;o do pre&ccedil;o.<br />&ldquo;Precisamos encontrar um novo modelo de rela&ccedil;&atilde;o entre ind&uacute;strias e produtores para harmonizar a cadeia produtiva e garantido o desenvolvimento de todos os envolvidos. A citricultura tem um peso muito grande na economia de S&atilde;o Paulo e temos de manter o produtor estimulado, para que ele possa renovar seus pomares, garantindo empregos e divisas para o estado e o pa&iacute;s. Penso que o Plano cumpre esse papel, buscando solu&ccedil;&otilde;es &agrave;s quest&otilde;es conflituosas nas rela&ccedil;&otilde;es entre a cadeia produtiva, bem como prop&otilde;e sa&iacute;das para que o setor continue sendo competitivo no mercado&rdquo;.</p>