Liberdade assistencial: apenas sindicalizados precisam recolher contribuição

Fonte: Conjur.com.br 06/09/2012 - 02h38

<p style="text-align: justify;">O Tribunal Superior do Trabalho determinou o afastamento da obriga&ccedil;&atilde;o imposta &agrave; Brink's Seguran&ccedil;a e Transporte de Valores Ltda. para recolhimento da contribui&ccedil;&atilde;o assistencial de empregados n&atilde;o sindicalizados. A decis&atilde;o foi da 5&ordf; Turma do TST e teve como relator o ministro Jo&atilde;o Batista Brito Pereira.<br />No ac&oacute;rd&atilde;o o ministro observa que a decis&atilde;o regional contrariou o artigo 8&ordm;, inciso V, da CF, que assegura ao trabalhador o direito &agrave; livre associa&ccedil;&atilde;o e sindicaliza&ccedil;&atilde;o. O relator salientou, ainda, que o TST, na Se&ccedil;&atilde;o de Diss&iacute;dios Coletivos, j&aacute; pacificou entendimento sobre a mat&eacute;ria discutida, editando o Precedente Normativo 119 e a Orienta&ccedil;&atilde;o Jurisprudencial 17.<br />A cobran&ccedil;a assistencial est&aacute; prevista no artigo 513, al&iacute;nea "e", da CLT, podendo ser estabelecida por meio de acordo ou conven&ccedil;&atilde;o coletiva de trabalho, ap&oacute;s ser aprovada pela classe dos trabalhadores em assembl&eacute;ia geral.<br />No caso, um sindicato de vigilantes entrou com uma A&ccedil;&atilde;o de Cumprimento de Conven&ccedil;&atilde;o Coletiva pedindo o repasse pela Brink's da contribui&ccedil;&atilde;o sindical, conforme acordado na conven&ccedil;&atilde;o coletiva de trabalho da categoria, que estabelece o recolhimento do valor correspondente a 1% do sal&aacute;rio de cada um dos empregados, filiados ou n&atilde;o. A 3&ordf; Vara do Trabalho de Blumenau indeferiu o pagamento da contribui&ccedil;&atilde;o assistencial sobre os empregados n&atilde;o sindicalizados da empresa.<br />O Tribunal Regional do Trabalho determinou que a empresa recolhesse a contribui&ccedil;&atilde;o de todos os empregados, sindicalizados ou n&atilde;o. Ap&oacute;s an&aacute;lise do acordo coletivo firmado entre a Brink's e o sindicato, o TRT observou que o texto n&atilde;o faz qualquer distin&ccedil;&atilde;o entre empregados sindicalizados ou n&atilde;o.<br />Em recurso ao TST, a empresa argumentou que as contribui&ccedil;&otilde;es estabelecidas pelos sindicatos s&atilde;o obrigat&oacute;rias apenas aos empregados sindicalizados, e apontou como violados os artigos 5&ordm;, II e XX, e 8&ordm;, IV e V da Constitui&ccedil;&atilde;o Federal. Com informa&ccedil;&otilde;es da Assessoria de Imprensa do TST.</p>