Mortalidade de idosos cai 9% em 10 anos no Estado de São Paulo

Óbitos por doenças do aparelho circulatório perdem espaço para a mortalidade provocada por Mal de Alzheimer e insuficiência renal

15/09/2012 - 03h42

<p style="text-align: justify;">Levantamento da Secretaria de Estado da Sa&uacute;de de S&atilde;o Paulo mostra que, em uma d&eacute;cada, a mortalidade de paulistas com 60 anos ou mais caiu 9%.<br />Foram 364 mortes para cada 10 mil idosos no Estado em 2010, &uacute;ltimo dado dispon&iacute;vel, contra 400 por 10 mil em 2000.<br />Neste mesmo per&iacute;odo houve tamb&eacute;m redu&ccedil;&atilde;o da taxa de mortalidade do principal grupo de causas de &oacute;bito entre idosos: as doen&ccedil;as do aparelho circulat&oacute;rio. No ano 2000, essas enfermidades eram respons&aacute;veis por 40,5% do total de &oacute;bitos, contra 35% em 2010.<br />Em n&uacute;meros absolutos, a popula&ccedil;&atilde;o paulista acima de 60 anos aumentou 50% na &uacute;ltima d&eacute;cada. Conforme o Censo realizado pelo IBGE em 1991, o Estado contava com 2,4 milh&otilde;es de idosos, o que representava 7,7% total da popula&ccedil;&atilde;o. J&aacute; no Censo de 2010, a popula&ccedil;&atilde;o idosa era de 4,7 milh&otilde;es (11,6% da popula&ccedil;&atilde;o total). O n&uacute;mero absoluto de &oacute;bitos entre os idosos no Estado de S&atilde;o Paulo foi de 133 mil em 2000 e 173 mil em 2010.<br />Na contram&atilde;o, durante esses 10 anos, houve o crescimento de dois grupos de causas de &oacute;bito em maiores de 60 anos: as doen&ccedil;as do sistema nervoso, entre as quais se destaca o Mal de Alzheimer, e do aparelho geniturin&aacute;rio, grupo esse que traz a insufici&ecirc;ncia renal como principal causa.<br />Em 2000, as doen&ccedil;as do sistema nervoso representaram 1,2% do total de mortes desta faixa et&aacute;ria e do aparelho geniturin&aacute;rio 2,1%. J&aacute; em 2010, as mortes provocadas por doen&ccedil;as do sistema nervoso representaram 3% do total e as do aparelho geniturin&aacute;rio representaram 3,6%.<br />Segundo Mar&iacute;lia Louvison, coordenadora da &aacute;rea t&eacute;cnica de sa&uacute;de da pessoa idosa da Secretaria, a queda da mortalidade de importantes grupos de doen&ccedil;as entre os idosos tem m&uacute;ltiplas causas, que incluem melhores condi&ccedil;&otilde;es sociais e mudan&ccedil;as no estilo de vida, como a pr&aacute;tica de mais atividades f&iacute;sicas entre pessoas desta faixa et&aacute;ria, entre outros.<br />&ldquo;Esses dados tamb&eacute;m apontam para a melhoria de acesso aos recursos de sa&uacute;de obtidos pela popula&ccedil;&atilde;o, tanto na preserva&ccedil;&atilde;o quanto no tratamento dessas doen&ccedil;as, desde a cria&ccedil;&atilde;o e o desenvolvimento do Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de&rdquo;, afirma Mar&iacute;lia.</p>