Santa Casa de Araraquara pleiteia ao Governo melhores condições aos hospitais

Evento, realizado em Votuporanga (SP), reuniu mais de 50 representantes

15/09/2012 - 03h52

<p style="text-align: justify;">Para buscar solu&ccedil;&otilde;es junto aos governantes para a dif&iacute;cil situa&ccedil;&atilde;o enfrentada pelo setor filantr&oacute;pico no Brasil, cerca de 50 representantes &ndash; entre provedores e administradores &ndash; participaram da reuni&atilde;o das Santas Casas e Hospitais Filantr&oacute;picos do Estado de S&atilde;o Paulo, na segunda-feira (10/9) na Santa Casa de Votuporanga (SP).<br />In&eacute;dito, o evento buscou promover uma aproxima&ccedil;&atilde;o entre os representantes para buscar solu&ccedil;&otilde;es junto aos governantes para a crise enfrentada pelo setor.&nbsp;<br />Inicialmente, os provedores e representantes das Santas Casas puderam expor individualmente a realidade que enfrentam, bem como os problemas que precisam ser sanados. &ldquo;Essa oportunidade foi de extrema import&acirc;ncia para conhecer outras realidades e concluir que muitas institui&ccedil;&otilde;es est&atilde;o com as portas abertas gra&ccedil;as gest&atilde;o de seus dirigentes, porque todas enfrentam s&eacute;rios problemas financeiros&rdquo;, afirma Valter Curi Rodrigues, provedor da Santa Casa de Araraquara. &nbsp;&nbsp;&nbsp;Compartilhando dos mesmos ideais, os participantes contribu&iacute;ram com sugest&otilde;es para sensibilizar os governos para os problemas eminentes, como a defasagem da Tabela do Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) e o d&eacute;ficit acumulado pela baixa remunera&ccedil;&atilde;o.<br />&ldquo;Depois de 33 anos como diretor volunt&aacute;rio e h&aacute; mais de cinco, como provedor na Santa Casa de Mar&iacute;lia, acompanho as dificuldades que os hospitais beneficentes enfrentam e acredito que s&oacute; este movimento de uni&atilde;o ser&aacute; capaz de reverter o estado financeiro cr&iacute;tico em que se encontram as institui&ccedil;&otilde;es, chamando a aten&ccedil;&atilde;o dos governantes&rdquo;, destaca Milton T&eacute;dde, provedor da Santa Casa de Mar&iacute;lia.<br />Ao final da reuni&atilde;o, os participantes elaboraram uma &ldquo;Carta do Interior&rdquo; &ndash; como foi intitulado o documento confeccionado no plen&aacute;rio &ndash; que ser&aacute; enviada aos Governos Federal e Estadual. Entre as principais reinvidica&ccedil;&otilde;es do documento, est&atilde;o o reajuste em, no m&iacute;nimo, 100% da Tabela SUS para os procedimentos ambulatoriais e hospitalares e a resolu&ccedil;&atilde;o, por parte do Governo Federal, das d&iacute;vidas j&aacute; constitu&iacute;das pelos Hospitais em decorr&ecirc;ncia da defasagem da tabela.<br />&ldquo;O encontro foi positivo e estimulante, pois pudemos trocar experi&ecirc;ncias e conhecer outras institui&ccedil;&otilde;es que enfrentam dificuldades iguais ou maiores que a da Santa Casa de Araraquara. Foi a confirma&ccedil;&atilde;o de que n&atilde;o estamos lutando sozinhos&rdquo;, diz o superintendente da Santa Casa de Araraquara, Jader Pires.<br />Edson Rogatti, Presidente da Federa&ccedil;&atilde;o das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de S&atilde;o Paulo (Fehosp), outra autoridade que participou da reuni&atilde;o, ressaltou a import&acirc;ncia do encontro. &ldquo;Hoje, temos reunidos aqui 25% dos leitos SUS do Estado de S&atilde;o Paulo e a Fehosp est&aacute; fazendo o seu trabalho, discutindo o Pr&oacute;-Santas Casas com o Governo do Estado e desenvolvendo um trabalho de custos em 10 hospitais que vai comprovar o d&eacute;ficit dessas institui&ccedil;&otilde;es. Como Presidente da Federa&ccedil;&atilde;o, as a&ccedil;&otilde;es que ser&atilde;o tomadas nesta reuni&atilde;o v&atilde;o ter o total apoio da Fehosp. O momento &eacute; de uni&atilde;o&rdquo;, afirma.&nbsp;<br /><br /><strong>Perfil da Santa Casa de Araraquara:</strong><br />A Santa Casa de Araraquara &eacute; um hospital filantr&oacute;pico, sem fins lucrativos, que atende 90% de pacientes SUS, 75% da sua demanda &eacute; oriunda do servi&ccedil;o de urg&ecirc;ncia e emerg&ecirc;ncia. Trata-se da institui&ccedil;&atilde;o de refer&ecirc;ncia para qualquer tipo de atendimento hospitalar para8 cidades da microrregi&atilde;o e para alta complexidade para 23 munic&iacute;pios. Respons&aacute;vel por assistir uma popula&ccedil;&atilde;o de 930 mil pessoas pertencentes a DRS-III (Diretoria Regional de Sa&uacute;de). Conta tamb&eacute;m com servi&ccedil;o pr&oacute;prio de oncologia por onde passam cerca de 700 pacientes/m&ecirc;s.</p>