<p style="text-align: justify;">O sargento da Polícia Militar Adriano Simões da Silva, 36 anos, foi executado a tiros pouco depois das 23h de sábado (15). O crime aconteceu no cruzamento da rua Galileu Galilei com avenida Francisco Parisi, no Parque São Paulo. Até a manhã deste domingo, os responsáveis pelo crime ainda não haviam sido identificados.<br />Adriano foi surpreendido pelo atirador quando já estava sobre sua moto, ao encerrar uma jornada de trabalho paralela ("bico") em um estabelecimento comercial. Imagens de uma câmera de segurança, obtidas e analisadas pela polícia, mostram que o atirador disparou pelas costas, a curta distância; mesmo depois de caída a vítima, o criminoso continuou atirando. <br />A perícia encontrou na cena do crime 17 cápsulas deflagradas, 10 calibre 380 e sete .40. Os tiros atingiram tórax, cabeça e braço. Adriano morreu no local, segundo constatou uma unidade do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU).<br />O comandante do 13º Batalhão da Polícia Militar do Interior, sediado em Araraquara, tenente coronel Carlos Augusto Nepomuceno, não confirmou que a execução esteja relacionada ao crime organizado. Mas a PM permanece no chamado estado de alerta contra atentados. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o crime, tipificado inicialmente como execução. Há informação de que a Polícia Federal de Araraquara também colabora nas investigações.<br />Adriano Simões da Silva era casado e tinha dois filhos - uma menina de oito meses e um menino de 4 anos. Servindo no 13º BPM/I, ele morava em Araraquara e tinha familiares em Matão aonde seu corpo será enterrado na tarde deste domingo (16).<br />Esta é a segunda execução de policial militar na região de Araraquara em menos de 48 horas. Na manhã de sexta-feira (14), na Vila Jacobucci, em São Carlos, o pm Marco Aurélio de Santi, de 41 anos, foi executado a tiros quando chegava para um "bico" em um estabelecimento comercial.<br />O Major Paulo Wilhelm de Carvalho, comandante interino do 38° Batalhão da Polícia Militar (São Carlos), declarou à imprensa local que somente as investigações ainda em curso podem esclarecer o motivo do crime. Como o comandante de Araraquara, Paulo afirmou não ter elementos que comprovem que a execução possa estar relacionada ao crime organizado.</p>