Internos da Fundação Casa fazem rebelião de três horas

Três funcionários ficaram feridos, um deles gravemente

17/09/2012 - 04h33

<p style="text-align: justify;">Pelo menos a metade dos 88 menores internos da Funda&ccedil;&atilde;o Casa, de Araraquara, promoveram uma rebeli&atilde;o de tr&ecirc;s horas no in&iacute;cio da noite deste domingo, 16, deixando tr&ecirc;s funcion&aacute;rios feridos, um deles em estado grave. A rebeli&atilde;o terminou por volta das 21h e nenhum interno foi ferido na retomada do controle da situa&ccedil;&atilde;o, segundo declarou o juiz Marco Aur&eacute;lio Barbosa, da Vara da Inf&acirc;ncia e Juventude. A motiva&ccedil;&atilde;o do crime n&atilde;o foi esclarecida pelas autoridades.<br />Os menores come&ccedil;aram a revolta por volta das 18h, ap&oacute;s a sa&iacute;da de familiares, j&aacute; que domingo &eacute; dia de visita. Alguns funcion&aacute;rios foram rendidos e agredidos a golpes de peda&ccedil;o de madeira preparados para uso como instrumento perfurante. Os ref&eacute;ns foram levados para a laje da institui&ccedil;&atilde;o, que fica na Avenida Jos&eacute; Gorla, 145 - Condominio Satelite. Uma placa branca com as iniciais de uma fac&ccedil;&atilde;o criminosa foi exibida.<br />A Pol&iacute;cia Militar foi chamada ao local e isolou a &aacute;rea, mas foi impedida de entrar na funda&ccedil;&atilde;o pelo juiz Bortolini. O diretor da unidade, Rodrigo Morganti, iniciou as negocia&ccedil;&otilde;es com os rebelados, que nada de espec&iacute;fico reivindicavam. Familiares de alguns dos internos foram chamados para ajudar nas negocia&ccedil;&otilde;es. A presen&ccedil;a de familiares e da imprensa foi uma exig&ecirc;ncia dos internos.<br />Um grupo especial de agentes da Funda&ccedil;&atilde;o Casa de Ribeir&atilde;o Preto chegou pouco depois das 19h para dar apoio. Os 20 homens, treinados para situa&ccedil;&atilde;o como esta, se posicionaram do lado de fora do pr&eacute;dio, prontos para invadir, se necess&aacute;rio. A press&atilde;o ajudou a convencer os menores a encerrar a revolta.<br />O educador Carlos Benini, de 60 anos, foi o &uacute;ltimo agente a deixar o pr&eacute;dio. Com ferimentos leves, ele abriu m&atilde;o de atendimento m&eacute;dico. Outros tr&ecirc;s agentes feitos ref&eacute;ns j&aacute; haviam escapado durante a rebeli&atilde;o.&nbsp;<br />A revolta ser&aacute; investigada atrav&eacute;s de sindic&acirc;ncia pela Corregedoria Geral da Funda&ccedil;&atilde;o Casa em S&atilde;o Paulo. O diretor adjunto regional, Jos&eacute; Eduardo Cardoso, tamb&eacute;m esteve na unidade para acompanhar o caso. De acordo com informa&ccedil;&otilde;es n&atilde;o oficiais, o patrim&ocirc;nio da unidade n&atilde;o sofreu grandes danos.</p>