<p style="text-align: justify;">Pelo menos a metade dos 88 menores internos da Fundação Casa, de Araraquara, promoveram uma rebelião de três horas no início da noite deste domingo, 16, deixando três funcionários feridos, um deles em estado grave. A rebelião terminou por volta das 21h e nenhum interno foi ferido na retomada do controle da situação, segundo declarou o juiz Marco Aurélio Barbosa, da Vara da Infância e Juventude. A motivação do crime não foi esclarecida pelas autoridades.<br />Os menores começaram a revolta por volta das 18h, após a saída de familiares, já que domingo é dia de visita. Alguns funcionários foram rendidos e agredidos a golpes de pedaço de madeira preparados para uso como instrumento perfurante. Os reféns foram levados para a laje da instituição, que fica na Avenida José Gorla, 145 - Condominio Satelite. Uma placa branca com as iniciais de uma facção criminosa foi exibida.<br />A Polícia Militar foi chamada ao local e isolou a área, mas foi impedida de entrar na fundação pelo juiz Bortolini. O diretor da unidade, Rodrigo Morganti, iniciou as negociações com os rebelados, que nada de específico reivindicavam. Familiares de alguns dos internos foram chamados para ajudar nas negociações. A presença de familiares e da imprensa foi uma exigência dos internos.<br />Um grupo especial de agentes da Fundação Casa de Ribeirão Preto chegou pouco depois das 19h para dar apoio. Os 20 homens, treinados para situação como esta, se posicionaram do lado de fora do prédio, prontos para invadir, se necessário. A pressão ajudou a convencer os menores a encerrar a revolta.<br />O educador Carlos Benini, de 60 anos, foi o último agente a deixar o prédio. Com ferimentos leves, ele abriu mão de atendimento médico. Outros três agentes feitos reféns já haviam escapado durante a rebelião. <br />A revolta será investigada através de sindicância pela Corregedoria Geral da Fundação Casa em São Paulo. O diretor adjunto regional, José Eduardo Cardoso, também esteve na unidade para acompanhar o caso. De acordo com informações não oficiais, o patrimônio da unidade não sofreu grandes danos.</p>