<p style="text-align: justify;">O deputado estadual e presidente do PT-SP, Edinho Silva, apresentou requerimento à Assembleia Legislativa em que pede informações ao Secretário de Estado da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, a respeito de providências para evitar novos assassinatos de policiais militares no estado. O requerimento ressalta o medo que se instalou entre os policiais e suas famílias após o assassinato de quatro desses profissionais na última semana. As mortes ocorreram na Capital, em Santo André, em São Carlos e em Araraquara. Edinho, que é membro da Comissão de Segurança e Assuntos Penitenciários da Alesp, demonstrou na matéria protocolada nessa tarde o clima de insegurança que tomou conta da cidade de Araraquara com o assassinato de um policial e da rebelião na Fundação Casa.<br />Em São Carlos, o policial militar Marcos Aurélio de Santi, de 43 anos, foi morto com seis tiros, quando fazia segurança particular de uma empresa no Jardim Jacobucci, na sexta-feira (13/09). De acordo com o comando da PM, o policial foi surpreendido por dois homens que efetuaram os disparos quando ele estava em seu carro. A polícia ainda buscava pista dos assassinos, quando, na noite de sábado (15), o sargento da Polícia Militar de Araraquara Adriano Simões da Silva, de 36 anos, foi executado com 17 tiros em frente a um mercado no Parque São Paulo, também quando fazia a segurança particular.<br />Em Tremembé, zona norte da Capital, o ex-policial Jorge Julio de Oliveira, 47, estava em uma pizzaria quando três homens armados entraram e dispararam seis tiros. O trio não foi identificado. Em Santo André, o ex-PM Fábio Miossi, 33 anos, foi assassinado por dois homens que estavam numa moto. O crime ocorreu num estacionamento na Avenida Queirós Filho. A vítima era segurança de comerciantes da região, mas estava de folga no momento do crime.<br />Edinho quer saber como os ataques vêm sendo investigados pela Secretaria de Segurança, quais medidas estão sendo adotadas para aumentar a segurança dos policiais e de suas famílias e se há indícios de que organizações criminosas estariam por trás ou haveria outra origem. O deputado também pergunta se a política estadual para o combate do crime organizado prevê ações diferenciadas na capital e no interior.<br />O deputado ressalta que é inaceitável que o Governo de São Paulo não ofereça à Polícia Militar as condições mínimas de trabalho e de proteção aos membros da corporação. “É urgente uma ação que recupere o ânimo, autoestima, a coragem do efetivo. A PM não pode ficar acuada, amedrontada por falta de respaldo das autoridades, isso seria abrir ainda mais espaço ao banditismo e ao caos social”, afirma.<br />O parlamentar também indaga a pasta da Segurança a respeito do número de policiais militares que prestam serviços privados nas horas de folga, os chamados “bicos”. Para ele, só a valorização dos policiais, ou seja, o aumento do salário da categoria a patamares dignos da responsabilidade deles poderá evitar que façam “bico”. Este ano, conforme a própria Secretaria da Segurança Pública, pelo menos 70 policiais foram mortos no estado e, destes, 52 foram assassinados quando trabalhavam como segurança particular.<br /><br /><br />FUNDAÇÃO CASA<br /><br />Edinho também apresentou requerimento para que a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania informe como estão as investigações relativas à rebelião havida domingo à noite na unidade da Fundação Casa em Araraquara. O deputado questiona se a Pasta já conhece o motivo que levou à rebelião e quais as providências tomadas para garantir a segurança dos funcionários da instituição a partir de agora e para evitar novas rebeliões.<br />No acontecimento do fim de semana, pelo menos 50 adolescentes se rebelaram e mantiveram vários funcionários como reféns. “Foi uma situação muito preocupante que não pode se repetir. Tanto que demanda atuação da Secretaria no sentido de garantir a segurança dos menores que lá se encontram, bem como dos visitantes e dos funcionários da instituição”, salienta.</p>