<p style="text-align: justify;">Atendendo a convocação do presidente Aluisio Braz (Boi-PMDB), os vereadores integrantes da Câmara Municipal de Araraquara realizam sessão solene na noite desta quinta-feira, 20, em homenagem ao Dia do Gaucho, acatando a Lei Municipal nº 7445, de 18 de abril de 2011, proposta apresentada pelo edil presidente.<br />Na sessão solene que irá ocupar espaço do Quiosque do Tchê, serão homenageados, com o Título de “Cidadão Araraquarense” o Empresário Leonildo Francisco Bonassina, o “DECA” do Restaurante Alto Uruguai, Diploma de “Cidadão Benemérito” ao Empresário Willian Molina Gil, que assina Churrascaria Tchê, Diploma “Destaque Gaucho” ao Empresário Airto José Sbrussi, titular do Quiosque Eventos e Diploma Destaque Gaucho ao Empresário Orildo Basegio, do Restaurante Porto Alegre.<br /><br />Airto José Sbrussi<br /><br />Airto José Sbrussi nasceu em Jacutinga, estado do Rio Grande do Sul no dia 27 de setembro de 1964, filho de Alice Gema Sbrussi e Genoino Sbrussi, ambos falecidos.<br />Torcedor colorado, desde a infância, vibrou com a contratação de Mauro Pastor pelo Inter, e seu coração já pressentia que iria se apaixonar e também um dia iria torcer pela Associação Ferroviária de Esportes.<br />Assim estava escrito e Airto acabou, como inúmeros amigos, aportando em Araraquara em janeiro de 1989. A principio atuando como gerente da Churrascaria Terraço, berço de toda uma geração de gaúchos, Airto conquistou com seu jeito amigo, inúmeros amigos, tornando se araraquarense por adoção.<br />A saudade dos pagos gaúchos e grande, pois lá ainda residem inúmeros parentes, la se encontra o sitio construído com o suor do rosto e todo amor do coração, mas aqui na Morada do Sol junto ao amigo Willian decidiu pela abertura da Churrascaria Tchê, espaço impar de atendimento da culinária rio-grandense.<br />Casado em Araraquara, com a araraquarense Daniela do Nascimento Sbrussi, vivencia o dia a dia com o amor também dos filhos, Airto José Sbrussi Jr. e Juliana do Nascimento Sbrussi, e para lembrar dos pagos viaja três vezes ao ano para seu querido Rio Grande do Sul<br /><br />Willian Molina Gil<br /><br />Nascido em uma família de 11 irmãos aprende Willian Molina Gil desde a tenra infância o significado da palavra trabalho.<br />Seu Pai, João Molina Gil, era pedreiro no Cemitério de São Bento, serviço pesado que ocupava todo seu tempo, inclusive domingos e feriados, mas que serviu como exemplo a seus filhos e propiciou ainda mais, graças a força de vontade e espírito empreendedor, legou como herança aos 11 filhos, a cada um uma propriedade. <br />Quem sai aos seus não degenera, e preocupado em colaborar para com o orçamento doméstico, Willian ainda pequeno, com apenas 10 anos, passou a trabalhar na Marmoraria Manini, bem defronte ao espaço de trabalho de seu pai.<br />Era a motivação em ajudar, era a vontade de mostrar ao pai que seguiria seus pessoas, se espelharia em seu exemplo.<br />A dedicação ao trabalho propiciou que permanecesse na Marmoraria Manini por 10 anos, saindo apenas para adentrar as fileiras da TELESP, a líder da telecomunicação, onde seu profissionalismo fez com que granjeasse o respeito, a admiração dos companheiros e principalmente a credibilidade que o levou a ocupar altos postos na hierarquia.<br />A par com suas atividades na TELESP, nas horas vagas ao aproximar-se de um grupo de vindos dos pampas gaúchos, descobriu, dentro de sua versatilidade, uma veia especial que o empurrou para o setor gastronômico.<br />Nascia o Willian especializado em gastronomia, especialmente gauchas como fora legitimo descendente de Flores da Cunha, houvesse frequentado o galpão e cultivado amizades tomando chimarrão olhando as “chinas” nos CTG (Centro de Tradições Gauchas).<br />Inicialmente no Terraço, junto ao Terminal Rodoviário de Araraquara, e dai ajudou o grupo Guaíba a construir os espaços gastronômicos (restaurantes) nas cidades de Presidente Prudente, Bauru, Limeira, e Piracicaba.<br />Convive com gaúchos há 35 anos, e pela convivência aprendeu a torcer pelo Inter de Porto Alegre, mas adora a Ferroviária, e com o sorriso habitual daquele que ama a si, sua família, recebe fregueses na Churrascaria Tchê, da qual é sócio proprietário juntamente com Airton Sbruzzi, frequeses que se tornam amigos, pois sabe como ninguém, conquistar e conservar amizades. <br /><br />Leonildo Francisco Bonassina<br /><br />A exemplo de outros migrantes rio-grandenses, Leonildo Francisco Bonassina (Deca) aportou em Araraquara na década de 70, após transpor o “Potrero”, algo que se lembra até hoje, tornando-se linguagem gaucha um “desproterado”. Mas infelizmente teve que retornar ao Rio Grande do Sul para cuidar de seu pai acometido de grave moléstia.<br />Mas estava escrito que a Morada do Sol reservava um espaço para acolher esta família de migrantes e “Deca” retornou em 1986 para trabalhar no Restaurante Terraço com Terezinha e Santo Zampieri, seus cunhados.<br />Em 88 fundou o Alto Uruguai onde trabalha com seus filhos e esposa.<br />O gaucho ao deixar o Rio Grande do Sul em busca de novos ares, nova empreitada, é chamado desproterado, ou seja, passou a cerca (potrero), conta “Deca”, que saiu do Potrero e veio para Araraquara. Aqui já exercitavam a culinária outros gaúchos. <br />Desgarrado do pago, outra citação gaucha também é direcionada aqueles que deixam a terra natal. <br />“Deca” veio após, mas também antecedeu outros gaúchos que ajudam a movimentar a economia araraquarense e da região, tornando-se também mola propulsora do desenvolvimento. São anônimos contribuintes do progresso, é a contribuição gaucha. <br />Daí importante sinalizar que a participação do gaucho, não esta apenas e tão somente na culinária, mas também na engenharia e outras profissões, e a permanência e a vinda de outros gaúchos/irmãos para esta cidade ocorreu graças, segundo “Deca” à hospitalidade do povo que é fraterno. Somos bem-vindos, afirma.<br />Deca está presente na vida de Araraquara e dos araraquarenses, tendo dado seu quinhão de participação às várias administrações que vivenciou em Araraquara, que para ele, sempre colaboraram com seu povo.<br />“Deca” sempre considerou seu voto importante nesta cidade, e é sua a afirmativa “somos folclóricos, mas versáteis na convivência em uma cidade hospitaleira e autêntica como Araraquara. Em nome dos gaúchos desproterados o nosso obrigado a todo este povo”.<br /><br />ORILDO BASEGIO<br /><br />(Um olhar no Restaurante outro nos pagos do Sul)<br /><br />Nascido em Campinas do Sul, estado do Rio Grande do Sul, no dia 19 de fevereiro de 1955, filho de Olga Basegio e Fiorindo Basegio, Orildo é casado com Rosalina Trentim Basegio e têm os filhos, Monica Basegio, Viviane Basegio e Amarildo Basegio, neto Maicon.<br />Orildo deixou o Rio Grande do Sul justamente no auge da Semana Farroupilha, dia 19 de setembro de 1998. Portanto ontem, quarta-feira completou 14 anos.<br />Veio a convite da irmã, Tereza, mas principalmente em busca de saúde, como afirma, pois contava com uma infecção nos rins, processo hereditário que acometia também seus sete irmãos, dos quais quatro são transplantados.<br />Sua irmã era proprietária, juntamente com o esposo Santo e o primo Telmo, do Restaurante Terraço, e lá Orildo trabalhou por oito anos, e após, respeitando a tradição gaucha de investir na gastronomia, direcionando espaço requinte da culinária rio-grandense, partiu para seu próprio negócio, incentivado por seus companheiros.<br />Surgia então o Restaurante Porto Alegre.<br />Após seis anos, com a saúde recuperada, Orildo Basegio fala com alegria desta Araraquara que tanto ama, do povo hospitaleiro, porem não esquece de sua origem de agricultor e com um olho na churrascaria e outro em sua fazenda em Campinas do Sul embarca em outubro para lá.<br />Vai plantar milho por dois dias, o tempo exato que seu coração aguenta longe da Morada do Sol.</p>