Câmara realiza sessão solene em homenagem ao Dia do Gaucho

20/09/2012 - 02h25

<p style="text-align: justify;">Atendendo a convoca&ccedil;&atilde;o do presidente Aluisio Braz (Boi-PMDB), os vereadores integrantes da C&acirc;mara Municipal de Araraquara realizam sess&atilde;o solene na noite desta quinta-feira, 20, em homenagem ao Dia do Gaucho, acatando a Lei Municipal n&ordm; 7445, de 18 de abril de 2011, proposta apresentada pelo edil presidente.<br />Na sess&atilde;o solene que ir&aacute; ocupar espa&ccedil;o do Quiosque do Tch&ecirc;, ser&atilde;o homenageados, com o T&iacute;tulo de &ldquo;Cidad&atilde;o Araraquarense&rdquo; o Empres&aacute;rio Leonildo Francisco Bonassina, o &ldquo;DECA&rdquo; do Restaurante Alto Uruguai, Diploma de &ldquo;Cidad&atilde;o Benem&eacute;rito&rdquo; ao Empres&aacute;rio Willian Molina Gil, que assina Churrascaria Tch&ecirc;, Diploma &ldquo;Destaque Gaucho&rdquo; ao Empres&aacute;rio Airto Jos&eacute; Sbrussi, titular do Quiosque Eventos e Diploma Destaque Gaucho ao Empres&aacute;rio Orildo Basegio, do Restaurante Porto Alegre.<br /><br />Airto Jos&eacute; Sbrussi<br /><br />Airto Jos&eacute; Sbrussi &nbsp;nasceu em Jacutinga, estado do Rio Grande do Sul no dia 27 de setembro de 1964, filho de Alice Gema Sbrussi e Genoino Sbrussi, ambos falecidos.<br />Torcedor colorado, desde a inf&acirc;ncia, vibrou com a contrata&ccedil;&atilde;o de Mauro Pastor pelo Inter, e seu cora&ccedil;&atilde;o j&aacute; pressentia &nbsp;que iria se apaixonar e tamb&eacute;m um dia iria torcer pela Associa&ccedil;&atilde;o Ferrovi&aacute;ria de Esportes.<br />Assim estava escrito e Airto acabou, como in&uacute;meros amigos, aportando em Araraquara em janeiro de 1989. A principio atuando como gerente da Churrascaria Terra&ccedil;o, ber&ccedil;o de toda uma gera&ccedil;&atilde;o de ga&uacute;chos, Airto conquistou com seu jeito amigo, in&uacute;meros amigos, tornando se araraquarense por ado&ccedil;&atilde;o.<br />A saudade dos pagos ga&uacute;chos e grande, pois l&aacute; ainda residem in&uacute;meros parentes, la se encontra o sitio constru&iacute;do com o suor do rosto e todo amor do cora&ccedil;&atilde;o, mas aqui na Morada do Sol junto ao amigo Willian decidiu pela abertura da Churrascaria Tch&ecirc;, espa&ccedil;o impar de atendimento da culin&aacute;ria rio-grandense.<br />Casado em Araraquara, com a araraquarense Daniela do Nascimento Sbrussi, vivencia o dia a dia com o amor tamb&eacute;m dos filhos, Airto Jos&eacute; Sbrussi Jr. e Juliana do Nascimento Sbrussi, e para lembrar dos pagos viaja tr&ecirc;s vezes ao ano para &nbsp;seu querido Rio Grande do Sul<br /><br />Willian Molina Gil<br /><br />Nascido em uma fam&iacute;lia de &nbsp;11 irm&atilde;os aprende Willian Molina Gil desde a tenra inf&acirc;ncia o significado da palavra trabalho.<br />Seu Pai, Jo&atilde;o Molina Gil, era pedreiro no Cemit&eacute;rio de S&atilde;o Bento, servi&ccedil;o pesado que ocupava todo seu tempo, inclusive domingos e feriados, mas que serviu como exemplo a seus filhos e propiciou ainda mais, gra&ccedil;as a &nbsp;for&ccedil;a de vontade e esp&iacute;rito empreendedor, legou como heran&ccedil;a aos 11 filhos, a cada um uma propriedade.&nbsp;<br />Quem sai aos seus n&atilde;o degenera, e preocupado em colaborar para com o or&ccedil;amento dom&eacute;stico, Willian ainda pequeno, com apenas 10 anos, passou a trabalhar na Marmoraria Manini, bem defronte ao espa&ccedil;o de trabalho de seu pai.<br />Era a motiva&ccedil;&atilde;o em ajudar, era a &nbsp;vontade de mostrar ao pai que seguiria seus pessoas, se espelharia em seu exemplo.<br />A dedica&ccedil;&atilde;o ao trabalho propiciou que permanecesse na Marmoraria Manini por 10 anos, saindo apenas para adentrar as fileiras da TELESP, a l&iacute;der da telecomunica&ccedil;&atilde;o, onde seu profissionalismo fez com que granjeasse o respeito, a admira&ccedil;&atilde;o dos companheiros e principalmente a credibilidade que o levou a ocupar altos postos na hierarquia.<br />A par com suas atividades na TELESP, nas horas vagas ao aproximar-se de um grupo de vindos dos pampas ga&uacute;chos, descobriu, dentro de sua versatilidade, uma veia especial que o empurrou para o setor gastron&ocirc;mico.<br />Nascia o Willian especializado em gastronomia, especialmente gauchas como fora legitimo descendente de Flores da Cunha, houvesse frequentado o galp&atilde;o e cultivado amizades &nbsp;tomando chimarr&atilde;o olhando as &ldquo;chinas&rdquo; nos CTG (Centro de Tradi&ccedil;&otilde;es Gauchas).<br />Inicialmente no Terra&ccedil;o, junto ao Terminal Rodovi&aacute;rio de Araraquara, e dai ajudou o grupo Gua&iacute;ba a construir os espa&ccedil;os gastron&ocirc;micos (restaurantes) nas cidades de Presidente Prudente, Bauru, Limeira, e Piracicaba.<br />Convive com ga&uacute;chos h&aacute; 35 anos, e pela conviv&ecirc;ncia aprendeu a torcer pelo Inter de Porto Alegre, mas &nbsp;adora a Ferrovi&aacute;ria, e com o sorriso habitual daquele que ama a si, sua fam&iacute;lia, recebe fregueses na Churrascaria Tch&ecirc;, da qual &eacute; s&oacute;cio propriet&aacute;rio juntamente com Airton Sbruzzi, frequeses que se tornam amigos, pois sabe como ningu&eacute;m, conquistar e conservar amizades.&nbsp;<br /><br />Leonildo Francisco Bonassina<br /><br />A exemplo de outros migrantes rio-grandenses, Leonildo Francisco Bonassina (Deca) aportou em Araraquara na d&eacute;cada de 70, ap&oacute;s transpor o &ldquo;Potrero&rdquo;, algo que se lembra at&eacute; hoje, tornando-se linguagem gaucha um &ldquo;desproterado&rdquo;. Mas infelizmente teve que retornar ao Rio Grande do Sul para cuidar de seu pai acometido de grave mol&eacute;stia.<br />Mas estava escrito que a Morada do Sol reservava um espa&ccedil;o para acolher esta fam&iacute;lia de migrantes e &ldquo;Deca&rdquo; retornou em 1986 &nbsp;para trabalhar no Restaurante Terra&ccedil;o com Terezinha e Santo Zampieri, seus cunhados.<br />Em 88 fundou o Alto Uruguai onde trabalha com seus filhos e esposa.<br />O gaucho ao deixar o Rio Grande do Sul em busca de novos ares, nova empreitada, &eacute; chamado desproterado, ou seja, passou a cerca (potrero), conta &ldquo;Deca&rdquo;, que saiu do Potrero e veio para Araraquara. Aqui j&aacute; exercitavam a culin&aacute;ria outros ga&uacute;chos.&nbsp;<br />Desgarrado do pago, outra cita&ccedil;&atilde;o gaucha tamb&eacute;m &eacute; direcionada aqueles que deixam a terra natal.&nbsp;<br />&ldquo;Deca&rdquo; veio ap&oacute;s, mas tamb&eacute;m antecedeu outros ga&uacute;chos que ajudam a movimentar a economia araraquarense e da regi&atilde;o, tornando-se tamb&eacute;m mola propulsora do desenvolvimento. S&atilde;o an&ocirc;nimos contribuintes do progresso, &eacute; a contribui&ccedil;&atilde;o gaucha.&nbsp;<br />Da&iacute; importante sinalizar que a participa&ccedil;&atilde;o do gaucho, n&atilde;o esta apenas e t&atilde;o somente na culin&aacute;ria, mas tamb&eacute;m na engenharia e outras profiss&otilde;es, e a perman&ecirc;ncia e a vinda de outros ga&uacute;chos/irm&atilde;os para esta cidade ocorreu gra&ccedil;as, segundo &ldquo;Deca&rdquo; &agrave; hospitalidade do povo que &eacute; fraterno. &nbsp;Somos bem-vindos, afirma.<br />Deca est&aacute; presente na vida de Araraquara e dos araraquarenses, tendo dado seu quinh&atilde;o de participa&ccedil;&atilde;o &agrave;s v&aacute;rias administra&ccedil;&otilde;es que vivenciou em Araraquara, que para ele, sempre colaboraram com seu povo.<br />&ldquo;Deca&rdquo; sempre considerou seu voto importante nesta cidade, e &eacute; sua a afirmativa &ldquo;somos folcl&oacute;ricos, mas vers&aacute;teis na conviv&ecirc;ncia em uma cidade hospitaleira e aut&ecirc;ntica como Araraquara. Em nome dos ga&uacute;chos desproterados o nosso obrigado a todo este povo&rdquo;.<br /><br />ORILDO BASEGIO<br /><br />(Um olhar no Restaurante outro nos pagos do Sul)<br /><br />Nascido em Campinas do Sul, estado do Rio Grande do Sul, no dia 19 de fevereiro de 1955, filho de Olga Basegio e Fiorindo Basegio, Orildo &eacute; casado com Rosalina Trentim Basegio e t&ecirc;m os filhos, Monica Basegio, Viviane Basegio e Amarildo Basegio, neto Maicon.<br />Orildo deixou o Rio Grande do Sul justamente no auge da Semana Farroupilha, dia 19 de setembro de 1998. Portanto ontem, quarta-feira completou 14 anos.<br />Veio a convite da irm&atilde;, Tereza, mas principalmente em busca de sa&uacute;de, como afirma, pois contava com uma infec&ccedil;&atilde;o nos rins, processo heredit&aacute;rio que acometia tamb&eacute;m seus sete irm&atilde;os, dos quais quatro s&atilde;o transplantados.<br />Sua irm&atilde; era propriet&aacute;ria, juntamente com o esposo Santo e o primo Telmo, do Restaurante Terra&ccedil;o, e l&aacute; Orildo trabalhou por oito anos, e ap&oacute;s, respeitando a tradi&ccedil;&atilde;o gaucha de investir na gastronomia, direcionando espa&ccedil;o requinte da culin&aacute;ria rio-grandense, partiu para seu pr&oacute;prio neg&oacute;cio, incentivado por seus companheiros.<br />Surgia ent&atilde;o o Restaurante Porto Alegre.<br />Ap&oacute;s seis anos, com a sa&uacute;de recuperada, Orildo Basegio fala com alegria desta Araraquara que tanto ama, do povo hospitaleiro, porem n&atilde;o esquece de sua origem de agricultor e com um olho na churrascaria e outro em sua fazenda em Campinas do Sul embarca em outubro para l&aacute;.<br />Vai plantar milho por dois dias, o tempo exato que seu cora&ccedil;&atilde;o aguenta longe da Morada do Sol.</p>