<p style="text-align: justify;">A psicóloga Sarah Vieira Coelho, de 29 anos, está sendo indiciada pelo delegado Elton Hugo Negrini por falsa comunicação de crime. Ela afirmou ter inventado a história de um sequestro que teria começado em Araraquara e terminado em Ribeirão Preto. Em outra ocorrência, Sarah também alegou ter sido vítima de uma tentativa de estupro por parte de um amigo, em Bebedouro. Ela admitiu ter mentido nos dois casos.<br />Na noite de 12 de setembro, a psicóloga – que dizia estar grávida de um mês - desapareceu e familiares acreditavam que ela teria sido sequestrada. Parentes disseram que Sarah teria saído para ir a uma panificadora no Jardim Martines, em Araraquara.<br />O carro foi encontrado em frente à casa do companheiro dela. As portas estavam abertas e nada havia sido roubado do veículo. Às 4 horas da manhã do dia seguinte, Sarah ligou para a família e disse que foi libertada na Avenida João Fiúza, região nobre de Ribeirão Preto. A psicóloga afirmou ter sacado R$ 600 e dar para os bandidos. Na ocasião, ela disse que eram quatro homens, que estavam em um carro "longo".<br />Uma equipe da DIG foi mobilizada para apurar todo o trajeto. Negrini estava acreditando no caso de seqüestro e pretendia prender os integrantes da quadrilha. <br />Durante a investigação o caso ficou confuso. Sarah caiu diversas vezes em contradição. O policial descobriu que a psicóloga estava envolvida em uma ocorrência de suposta tentativa de estupro, em Bebedouro.<br />Sarah não suportou o bombardeio de perguntas - que sempre tinha respostas diferentes – e resolveu abrir o jogo. Disse que inventou as duas histórias. Ela também confessou na DIG que teria perdido o bebê. <br />Anteriormente ao suposto seqüestro, Sarah havia denunciado que teria sido vítima de um estupro. A historia criada pela psicóloga foi mirabolante. Sarah disse ter conhecido um amigo do pai de quem ficou íntima. Tempos depois ela encontrou esse amigo no velório do próprio pai. O homem se esforçou em consolá-la. Sarah pensou que era um ato de solidariedade, mas o amigo teria tentado molestá-la sexualmente.<br />Ao delegado Negrini, titular da DIG, Sarah disse ser portadora de uma doença conhecida como Transtorno Bipolar. Mas o policial não acredita. Para o delegado, a psicóloga montou essa história. “Os motivos porque ela fez isso, não me interessam”, comentou Negrini. Mas ela vai ter que responder por falsa comunicação de crime.</p>