Psicóloga forjou sequestro para enganar polícia e família

19/10/2012 - 03h07

<p style="text-align: justify;">A psic&oacute;loga Sarah Vieira Coelho, de 29 anos, est&aacute; sendo indiciada pelo delegado Elton Hugo Negrini por falsa comunica&ccedil;&atilde;o de crime. Ela afirmou ter inventado a hist&oacute;ria de um sequestro que teria come&ccedil;ado em Araraquara e terminado em Ribeir&atilde;o Preto. Em outra ocorr&ecirc;ncia, Sarah tamb&eacute;m alegou ter sido v&iacute;tima de uma tentativa de estupro por parte de um amigo, em Bebedouro. Ela admitiu ter mentido nos dois casos.<br />Na noite de 12 de setembro, a psic&oacute;loga &ndash; que dizia estar gr&aacute;vida de um m&ecirc;s - desapareceu e familiares acreditavam que ela teria sido sequestrada. Parentes disseram que Sarah teria sa&iacute;do para ir a uma panificadora no Jardim Martines, em Araraquara.<br />O carro foi encontrado em frente &agrave; casa do companheiro dela. As portas estavam abertas e nada havia sido roubado do ve&iacute;culo. &Agrave;s 4 horas da manh&atilde; do dia seguinte, Sarah ligou para a fam&iacute;lia e disse que foi libertada na Avenida Jo&atilde;o Fi&uacute;za, regi&atilde;o nobre de Ribeir&atilde;o Preto. A psic&oacute;loga afirmou ter sacado R$ 600 e dar para os bandidos. Na ocasi&atilde;o, ela disse que eram quatro homens, que estavam em um carro "longo".<br />Uma equipe da DIG foi mobilizada para apurar todo o trajeto. Negrini estava acreditando no caso de seq&uuml;estro e pretendia prender os integrantes da quadrilha. &nbsp;<br />Durante a investiga&ccedil;&atilde;o o caso ficou confuso. Sarah caiu diversas vezes em contradi&ccedil;&atilde;o. O policial descobriu que a psic&oacute;loga estava envolvida em uma ocorr&ecirc;ncia de suposta tentativa de estupro, em Bebedouro.<br />Sarah n&atilde;o suportou o bombardeio de perguntas - que sempre tinha respostas diferentes &ndash; e resolveu abrir o jogo. Disse que inventou as duas hist&oacute;rias. Ela tamb&eacute;m confessou na DIG que teria perdido o beb&ecirc;. &nbsp;<br />Anteriormente ao suposto seq&uuml;estro, Sarah havia denunciado que teria sido v&iacute;tima de um estupro. A historia criada pela psic&oacute;loga foi mirabolante. Sarah disse ter conhecido um amigo do pai de quem ficou &iacute;ntima. Tempos depois ela encontrou esse amigo no vel&oacute;rio do pr&oacute;prio pai. O homem se esfor&ccedil;ou em consol&aacute;-la. Sarah pensou que era um ato de solidariedade, mas o amigo teria tentado molest&aacute;-la sexualmente.<br />Ao delegado Negrini, titular da DIG, Sarah disse ser portadora de uma doen&ccedil;a conhecida como Transtorno Bipolar. Mas o policial n&atilde;o acredita. Para o delegado, a psic&oacute;loga montou essa hist&oacute;ria. &ldquo;Os motivos porque ela fez isso, n&atilde;o me interessam&rdquo;, comentou Negrini. Mas ela vai ter que responder por falsa comunica&ccedil;&atilde;o de crime.</p>