PT propõe emendas ao projeto que institui carreira de médico no Estado

Para o deputado Edinho Silva, o projeto é um avanço e atende uma reivindicação antiga da categoria

31/10/2012 - 02h48

<p style="text-align: justify;"><br />Representantes de entidades m&eacute;dicas compareceram &agrave; reuni&atilde;o da Comiss&atilde;o de Sa&uacute;de para debater o projeto de lei complementar 39/2012, de autoria do governo do Estado, que instituiu a carreira de m&eacute;dico nos quadros das secretarias de Estado e das autarquias.<br />Apesar de reconhecerem que o projeto atende a uma antiga reivindica&ccedil;&atilde;o da categoria, eles apontaram falhas que precisam ser corrigidas por meio de emendas, antes da propositura ser votada em plen&aacute;rio na Assembleia Legislativa.<br />O deputado Edinho Silva ressaltou a posi&ccedil;&atilde;o da Bancada do PT em votar favor&aacute;vel ao PLC, mas esclareceu que os parlamentares petistas apresentaram emendas para aprimor&aacute;-lo. &ldquo;Trata-se de um grande avan&ccedil;o, uma demanda antiga da categoria. Contudo, ainda &eacute; preciso alguns ajustes para que todas as necessidades sejam contempladas&rdquo;, disse.<br />Segundo ele, o objetivo da bancada petista ao propor emendas &eacute; dar mais transpar&ecirc;ncia e entendimento ao PLC 39/12. Um exemplo, segundo ele, &eacute; a aplica&ccedil;&atilde;o do pr&ecirc;mio por produtividade. &ldquo;Preocupam-nos as quest&otilde;es do PPM (Pr&ecirc;mio de Produtividade M&eacute;dica) e gratifica&ccedil;&otilde;es, assim como o processo de enquadramento da ascens&atilde;o profissional&rdquo;, afirmou Edinho. A Bancada do PT quer mais informa&ccedil;&otilde;es do Governo sobre como ser&aacute; a regulamenta&ccedil;&atilde;o.<br />Em sua fala, Edinho ainda levantou a quest&atilde;o da remunera&ccedil;&atilde;o dos m&eacute;dicos. Segundo ele, pela proje&ccedil;&atilde;o que consta no projeto, os m&eacute;dicos teriam vencimentos muito aqu&eacute;m da realidade. &ldquo;Quem j&aacute; governou, j&aacute; esteve &agrave; frente do Executivo sabe como funciona o mercado de trabalho. Hoje, uma Prefeitura abre um concurso, mas n&atilde;o consegue segurar o m&eacute;dico, caso outra cidade vizinha ofere&ccedil;a uma remunera&ccedil;&atilde;o melhor. Trata-se de uma pondera&ccedil;&atilde;o que deve ser levada em conta na aprova&ccedil;&atilde;o do projeto&rdquo;, disse.<br />O presidente do Sindicato dos M&eacute;dicos do Estado de S&atilde;o Paulo, Cid C&eacute;lio Jayme Carvalhaes, explicou que a remunera&ccedil;&atilde;o proposta pelo governo de R$ 6 mil a ser atingida em 2014, ainda est&aacute; muito distante do que a categoria reivindica &ndash; R$ 9.813,00 por vinte horas de trabalho por semana. Florisval Meir&atilde;o, da Associa&ccedil;&atilde;o Paulista de Medicina, e Renato Azevedo J&uacute;nior, presidente do Cremesp &ndash; Conselho Regional de Medicina, tamb&eacute;m destacaram a necessidade de ajustes.<br />O deputado Gerson Bittencourt tamb&eacute;m explicou que a bancada petista far&aacute; todos os esfor&ccedil;os para aproximar mais o projeto de lei daquilo que a categoria reivindica. Ele ainda enfatizou que o PT apresentou a emenda de n&ordm; 9 que estabelece a retroatividade, a qual permite que qualquer que seja a data de aprova&ccedil;&atilde;o, o projeto passa a vigorar em 1/11/2012. A reuni&atilde;o da Comiss&atilde;o de Sa&uacute;de, desta ter&ccedil;a-feira (30/10), foi presidida pelo deputado do PT, Marcos Martins.</p>