Impacto do Décimo Terceiro salário na economia de Araraquara

01/11/2012 - 01h43

<p style="text-align: justify;">O DIEESE (Departamento Intersindical de Estat&iacute;sticas e Estudos Econ&ocirc;micos) divulgou semana passada o impacto que o d&eacute;cimo terceiro sal&aacute;rio causar&aacute; na economia brasileira, em 2012. Segundo o Instituto, ser&atilde;o injetados R$ 131 bilh&otilde;es na economia. Os m&eacute;todos da pesquisa levam em considera&ccedil;&atilde;o o valor m&eacute;dio pago aos 80 milh&otilde;es aposentados e trabalhadores com carteira assinada, em todo Brasil. O Trabalho aut&ocirc;nomo e os assalariados sem carteira assinada n&atilde;o entram na gama da pesquisa, por sua dif&iacute;cil mensura&ccedil;&atilde;o. Segundo o DIEESE, 51,1% dos recursos adicionados com o d&eacute;cimo terceiro ficam na regi&atilde;o Sudeste.&nbsp;<br />Em Araraquara, segundo Jaime Vasconcellos, Economista e Coordenador do N&uacute;cleo de Economia do Sincom&eacute;rcio -Araraquara e tamb&eacute;m pesquisador do N&uacute;cleo de Conjuntura e Estudos Econ&ocirc;micos (NCEE) UNESP-Araraquara, o d&eacute;cimo terceiro sal&aacute;rio injetar&aacute; at&eacute; R$ 160 milh&otilde;es na economia. Tal n&uacute;mero &eacute; resultado dos sal&aacute;rios pagos aos 76.893 trabalhadores formais e dos 40.031 aposentados que a cidade possui.&nbsp;<br />O impacto do d&eacute;cimo terceiro tem o limite em torno dos R$160 milh&otilde;es, devido &agrave; realidade que nem todos os trabalhadores alocar&atilde;o seus recursos adicionais na economia local. Outro m&eacute;todo utilizado nos c&aacute;lculos &eacute; que se leva em considera&ccedil;&atilde;o o pagamento &uacute;nico do d&eacute;cimo terceiro sal&aacute;rio. Como, na realidade, sabemos que h&aacute; adiantamentos de parcelas do d&eacute;cimo terceiro desde o m&ecirc;s de Agosto (principalmente aos aposentados) define-se que o impacto da inje&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica do sal&aacute;rio adicional ser&aacute; sentido no &nbsp;decorrer dos &uacute;ltimos quatro meses do ano de 2012.&nbsp;<br /><br />Jaime d&aacute; as dicas para quem quer fazer um bom uso do seu 13&ordm; Sal&aacute;rio:<br /><br />Qual a melhor forma de aproveitar o 13&ordm;?&nbsp;<br /><br />Jaime : A melhor forma de utilizar do 13&ordm; sal&aacute;rio &eacute; quitar d&iacute;vidas que embutem altas taxas de juros, como cheque especial (em m&eacute;dia de 8% a 11% a. m.), cart&otilde;es de cr&eacute;dito (em m&eacute;dia de 10% a 15% a m.) e empr&eacute;stimos pessoais (em m&eacute;dia de 4% a 6% a. m.). Para outros tipos de d&iacute;vidas, o consumidor pode aproveitar e negociar sua quita&ccedil;&atilde;o &agrave; vista e, desta forma, buscar descontos. Para popula&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o possui algum d&eacute;bito, a melhor sa&iacute;da para o sal&aacute;rio adicional &eacute; poupar. Neste caso, 13&ordm; pode dar uma boa folga no or&ccedil;amento familiar a partir de janeiro, quando chegam &ldquo;D&iacute;vidas de Ver&atilde;o&rdquo;, como IPVA, IPTU, material e matr&iacute;cula escolar e tamb&eacute;m as viagens de f&eacute;rias. Segundo o que manda a Cartilha da Economia Dom&eacute;stica o consumo fica em &uacute;ltima op&ccedil;&atilde;o, por&eacute;m sabemos que alguns prazeres da vida n&atilde;o podem ser mensurados, e a compra e troca de presentes no per&iacute;odo do Natal &eacute; um exemplo. Al&eacute;m disso, o consumo &eacute; respons&aacute;vel por grande parte da forma&ccedil;&atilde;o de riqueza do pa&iacute;s e &eacute; imprescind&iacute;vel ao crescimento da mesma. O segredo &eacute; comprar com equil&iacute;brio e controle, ou seja, controle nas &iacute;mpeto e equilibro no or&ccedil;amento.&nbsp;<br />Na m&iacute;dia, nessa &eacute;poca do ano, existe um aumento de propagandas que estimulam o consumidor a gastar o 13&ordm; dando entrada na compra de autom&oacute;veis, im&oacute;veis ou investimentos de valores mais altos. Usar esse &ldquo;dinheiro extra&rdquo; para esse tipo de negocia&ccedil;&atilde;o &eacute; uma boa op&ccedil;&atilde;o?&nbsp;<br />Jaime : Todo fim de ano as concession&aacute;rias iniciam os programas de descontos para aquisi&ccedil;&atilde;o do carro 0 km. A inten&ccedil;&atilde;o das fabricantes &eacute; liquidar o estoque do ano que passou. Tais promo&ccedil;&otilde;es, atreladas ao cr&eacute;dito f&aacute;cil, ao aumento do poder de compra do brasileiro e a redu&ccedil;&atilde;o do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) torna praticamente concreta a possibilidade do carro novo na garagem de muitas fam&iacute;lias. Com os juros m&eacute;dios mais baixos, para aquisi&ccedil;&atilde;o de autom&oacute;veis novos e da casa pr&oacute;pria, e o crescente aumento dos sal&aacute;rios reais do trabalhador, o 13&ordm; sal&aacute;rio torna-se uma porta para forma&ccedil;&atilde;o de d&iacute;vidas de m&eacute;dio e longo prazo. Como citado acima, o consumo deve ser a &uacute;ltima op&ccedil;&atilde;o para quem det&eacute;m de d&iacute;vidas. No caso especial de aquisi&ccedil;&atilde;o de casa pr&oacute;pria ou de autom&oacute;veis, o importante &eacute; ter um bom montante para dar a entrada e assim, diminuir a corros&atilde;o que as taxas de juros embutidas nas parcelas destes bens causam no or&ccedil;amento da fam&iacute;lia. Nesse sentido o 13&ordm; sal&aacute;rio seria apenas uma porcentagem da poupan&ccedil;a pr&eacute;via que o consumidor deve possuir para aquisi&ccedil;&atilde;o de bens com valores mais altos. Uma dica a quem tem im&oacute;vel ou autom&oacute;vel financiado e n&atilde;o tem d&iacute;vidas com cart&otilde;es, cheque especial e/ou empr&eacute;stimos pessoais, &eacute; a utiliza&ccedil;&atilde;o do 13&ordm; sal&aacute;rio para quitar mais de uma parcela do bem. Desta forma, o risco de alguma incerteza no ano seguinte abater o or&ccedil;amento do individuo diminui conjuntamente &agrave;s parcelas do financiamento.&nbsp;</p>